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Casal é condenado por morte e esquartejamento de zelador

Crime cometido em 2014 teria sido motivado por desavenças no prédio em que publicitários viviam

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Redação iBahia

05/10/2017 às 10:27 • Atualizada em 01/09/2022 às 0:07 - há XX semanas
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O casal de publicitários Eduardo Tadeu Martins e Ieda Martins foi condenado, nesta quarta-feira, por assassinar e esquartejar o zelador Jezi Lopes de Souza em 2014 em um prédio da Zona Norte de São Paulo. Após três dias de julgamento, a juíza Flávia Castellar Olivério sentenciou Eduardo a 35 anos de reclusão, sendo 32 em regime fechado, e sua mulher a 23 anos de reclusão. Os dois não poderão recorrer da decisão em liberdade.
O júri popular, formado por seis homens e uma mulher, entendeu que Martins e Ieda mataram, esquartejaram e queimaram o corpo de Souza em uma churrasqueira no apartamento do casal e na casa de um parente em Praia Grande, no litoral paulista. Os dois já cumpriam pena preventiva / ele em Tremembé, no interior do estado, e ela no Rio de Janeiro, respondendo por outro crime.
(Reprodução: TV Globo)
O crime teria sido motivado por desavenças entre o casal e a vítima, que trabalhava como zelador no edifício onde Martins e Ieda viviam. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP), Souza entregava correspondências no prédio no dia em que foi assassinado, em 30 de maio de 2014. O zelador foi visto com vida pela última vez, em imagens registradas nas câmeras de seguranças do condomínio, enquanto descia no 11º andar, onde morava o casal. Ainda segundo o MP, o publicitário teria agredido o homem até que ele falecesse.
Na denúncia, o MP afirma que Martins "agiu impelido por motivo torpe, qual seja vingança em razão de desentendimentos anteriores com a vítima referentes a questões do condomínio, tais como vagas de garagem, entrega de jornais e de correspondência, passando a nutrir um sentimento de ódio". Ieda estaria ciente da intenção e teria colaborado com a ação, ajudando a ocultar o corpo da vítima dentro de uma mala de viagem.
O corpo foi transportado até Praia Grande, para a casa de um parente, onde algumas partes foram queimadas, colocadas em baldes plásticos com areia e cal ou ficaram escondidas em um banheiro. Armas e munições sem licença foram encontradas no imóvel ligado ao casal.
Ieda foi condenada por homicídio duplamente qualificado contra maior de 60 anos, destruição de cadáver e fraude processual. No caso de Eduardo, somam-se à lista falsificação de documento público e porte ilegal de armas.
Os publicitários também são acusados de terem assassinado o ex-marido de Ieda no Rio de Janeiro em 2005. Embora os dois tenham negado participação no crime, a mulher está presa no Rio por causa desse homicídio. O casal ainda será julgado pelo caso.

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