Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
A redução de acidentes chegou a 22%, houve 18% menos feridos e o número de mortos caiu 28% na comparação dos dois carnavais. Os números são calculados com base em grupos de 1 milhão de veículos, cada. Entre sexta-feira (13) e quarta-feira de cinzas (18), foram registrados 2.785 acidentes no país, que resultaram em 120 mortes e 1.786 feridos.
“Nós atribuímos isso, em larga medida, à mudança de fiscalização da PRF e a outras situações desenvolvidas ao longo do período, como o próprio aperfeiçoamento da lei que trata do alcoolismo ao volante. Acreditamos que este ano o aperfeiçoamento da fiscalização nas estradas levou a este resultado, que superou, inclusive, as nossas expectativas”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Entre as melhorias estão os índices de três estados. No ano passado, Bahia, Minas Gerais e Paraná foram responsáveis por 40% das mortes registradas nas estradas durante o carnaval. Este ano, para mudar os índices, houve um reforço no efetivo, e os números caíram. Apesar da melhora, Minas Gerais – que teve redução de 47% nos óbitos com relação à frota - ainda apresentou a maior quantidade de acidentes e mortos em números absolutos. Devido às características de Minas, de ter a maior malha rodoviária federal, uma economia forte e grande frota de veículos, também serve de corredor de transporte para outros estados. Então, muitas pessoas de estados vizinhos utilizam as rodovias de Minas para transitar”, disse o coordenador da Operação Rodovida, Stênio Pires.
As colisões frontais foram responsáveis pelo maior número de mortes, apesar de não representarem o principal tipo de acidente. Esse tipo de batida é causado principalmente pela mistura de ultrapassagens forçadas, em locais proibidos, e alta velocidade. “A imprudência ainda ocasiona 85% dos acidentes. Os dois fatores principais são a ultrapassagem e a velocidade. E quando temos esses dois fatores somados, com certeza o acidente é grave”, reforçou Pires.
A PRF registrou também pessoas que dirigiram sob efeito de álcool. Foram feitos mais de 85 mil testes de bafômetro, que resultaram em 372 prisões de condutores e mais de 2 mil sanções administrativas: multas, recolhimento da carteira de motorista e retenção de veículos. O coordenador da operação acredita que as mudanças recentes na legislação brasileira, como o aumento do valor de multas para certas infrações, ajudaram na redução dos acidentes. “Quanto maior o rigor da legislação, melhor para a fiscalização. Tem o receio da população de ser autuado por conta da fiscalização”, acrescentou.
A Operação Carnaval faz parte da segunda etapa de uma ação mais ampla, a chamada Operação Integrada Rodovida. A medida conta com ação de diferentes órgãos dos governos federal, estaduais e municipais para reduzir a violência no trânsito. A primeira etapa da Operação Rodovida aconteceu entre os dias 12 de dezembro de 2014 e 31 de janeiro de 2015, e a segunda etapa teve início no dia 6 de fevereiro e termina no próximo dia 22.
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