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Brasileiros sobrevivem a inundações no Himalaia

O Itamaraty não divulgou os nomes dos sobreviventes

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29/06/2013 às 17:33 • Atualizada em 28/08/2022 às 18:38 - há XX semanas
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Dez brasileiros sobreviveram às fortes inundações que atingem a região da Cordilheira do Himalaia, no Norte de Índia, há 11 dias, e já deixaram mais de 800 mortos – na maior tragédia do tipo dos últimos 80 anos no país. Ao todo, cinco brasileiros que estavam em um grupo de turistas, três irmãos e um casal que viajavam pela região conseguiram escapar das enchentes. O Itamaraty não divulgou os nomes dos sobreviventes. Os cinco turistas brasileiros que viajavam com um grupo de cerca de 40 estrangeiros, a maioria americanos e canadenses, foram surpreendidos pela violência dos rios na região montanhosa. O grupo conseguiu escapar da força das águas e depois eles caminharam rumo ao local de onde helicópteros fizeram o resgate. "Foi realmente um milagre. Foi muito difícil para todos perceber que teríamos que caminhar até o outro lado da montanha para chegar até os helicópteros", disse o colombiano Luis Henao, que estava no grupo. "Estamos muito agradecidos às organizações locais e ao governo indiano. O rio estava vindo na nossa direção, e recuou para o outro lado, foi inacreditável." O Norte da Índia é notório pela grande quantidade de ashrams, espaços de retiros espirituais, estudo de meditação e aulas de yoga, entre outras práticas. Segundo a Embaixada do Brasil em Nova Déli, outros três irmãos brasileiros estavam na região e, após sobreviverem à passagem das águas, tiveram de andar por dois dias atravessando as montanhas até serem resgatados por helicópteros. Além deles, um casal que estava em um ashram de Rishikesh relatou ter passado momentos de preocupação, com cortes de energia e o clima generalizado de tensão. No entanto, como o local não foi atingido diretamente pelas inundações, os dois resolveram permanecer no retiro. A embaixada explicou que a tragédia é realmente de proporções épicas e que alguns aspectos têm tornado o resgate cada vez mais difícil. Segundo a representação diplomática brasileira, ainda há regiões completamente isoladas, com muitas pessoas presas e muitos corpos soterrados. Nesta época do ano, a região do Himalaia, que abriga uma série de importantes templos hindus e budistas, recebe a visita de milhares de peregrinos indianos e estrangeiros. As monções (chuvas sazonais), que geralmente chegam ao norte do país em julho, atingiram a região mais cedo neste ano e com uma violência não vista há muitas décadas. Na quinta-feira (27), o governo indiano começou a cremar dezenas dos mais de 800 corpos dos mortos na tragédia e confirmou que ao menos 100 mil pessoas já foram retiradas das montanhas. As operações de resgate no local ocorrem com dificuldade. Na última terça-feira (25), muitas pessoas que estavam sendo resgatadas em um helicóptero morreram quando a aeronave caiu devido a uma tempestade. A previsão de mau tempo e neve em alguns dos pontos da cordilheira deve dificultar ainda mais os trabalhos das equipes de emergência.

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