Um brasileiro está investindo cerca de R$1 milhão de reais para congelar o corpo na expectativa de ser ressuscitado após a morte.
Em uma reportagem especial feita pelo Fantástico, Vinicius Vilela, nascido em Osasco, contou que está pagando a empresa Alcor, que estuda a criogenia, para ser resfriado pela eternidade. Aos 29 anos, morando em Toronto, no Canadá, ele contou que acredita que pode ter uma segunda chance após morrer.
Leia também:
"Desde bem novo mesmo, desde adolescente, sempre fui uma pessoa bem apegada à vida, digamos assim. E sempre com um tipo de pesquisa em como que eu posso ter mais longevidade, como eu posso ser saudável o suficiente para poder continuar vivendo essa vida maravilhosa", conta.
As empresas tratam os congelados como pacientes, como se as pessoas conservadas no frio pudessem ser curadas, ou seja, ressuscitadas.
Segundo o Fantástico, o primeiro registro oficial de um ser humano congelado é de 1966, na Califórnia. Ao longo dos anos, a procura pelo método cresceu e as técnicas evoluíram. Atualmente, existem diversas empresas que oferecem o mesmo serviço da Alcor, localizada no Arizona, nos Estados Unidos.
Há também empresas na Alemanha e na Rússia que oferecem o serviço, e outras três nos Estados Unidos, uma no estado de Michigan, outra em Oregon, e a mais recente Osiris, na Flórida.
"O normal de quando alguém morre é ser cremado ou enterrado. A gente oferece uma terceira opção: a chance de a pessoa ser preservada e um dia ressuscitar, para ser curada da doença que tinha e conhecer os seus tataratataranetos", afirmou Metan Derhy, dono da Osiris.
Como é feito o processo?
Na Osiris, assim que a pessoa morre é preciso que ela seja colocada num banho de gelo e levada para a clínica. No local, ela será colocada em uma máquina para fazer o sangue circular de novo. Enquanto isso, o corpo vai sendo resfriado cada vez mais.
Em seguida, o corpo é transferido para um ambiente, onde o sangue é substituído por uma mistura que protege as células na hora do congelamento. Na etapa final, os corpos são colocados em grandes frascos de nitrogênio líquido.
Os corpos são colocados dentro da cápsula em pé, mas de cabeça para baixo, flutuando no nitrogênio líquido.
A técnica funciona?
Ainda não. A expectativa é que daqui dezenas, centenas ou milhares de anos, trazer uma pessoa de volta à vida será possível depois de descongelar com segurança os corpos e as cabeças que estão nos tanques;eliminar a ação tóxicas dos preparados que substituíram o sangue; curar a doença que levou a pessoa à morte; e, no caso de quem congelou somente a cabeça, obter um novo corpo ou passar todas as informações que estão no cérebro para algum lugar.
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!