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Brasileiro executado na Indonésia chorou até a hora da morte

Em entrevista, padre relata os últimos momentos do brasileiro antes do cumprimento da sentença

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23/02/2015 às 8:20 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:23 - há XX semanas
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O brasileiro Marco Archer, executado na Indonésia em janeiro de 2015, não teve acompanhamento de um padre e teve que ser arrastado de sua cela chorando, pedindo ajuda, além de não ter recebido a extrema-unção. As informações são do padre Charles Burrows, que deveria ter confortado o brasileiro até o momento da execução.
"Ele chorou o tempo todo até os seus últimos minutos", disse Burrows em entrevista ao "Fairfex Media". Segundo o padre, os guardas foram muito educados, mas por causa de uma confusão ele não teve permissão de acompanhar o Archer. "Normalmente, há um momento em que um sacerdote espiritual vai para a frente para consolá-los. Ninguém consolou Marco", relatou durante a entrevista. Archer foi o primeiro brasileiro a ser sentenciado à morte no exterior. Ele foi fuzilado em um campo aberto próximo à penitenciária em Cilacap, na Ilha de Java, a 400 quilômetros de Jacarta. Nenhum civil, nem mesmo familiares dos condenados, podem acompanhar a execução. O brasileiro foi preso em 2003 por portar cocaína. Para retaliar às negativas do presidente da Indonésia, Joko Widodo, em conceder clemência ao brasileiro Marco Archer, executado em janeiro por tráfico de drogas, Dilma se recusou a receber as credenciais do embaixador do país para começar a trabalhar no Brasil. Rodrigo Gularte, outro brasileiro, está na fila do corredor da morte, também teria motivado a atitude da presidente. A recusa do governo brasileiro fez com que o Ministério das Relações Exteriores da Indonésia chamasse, o embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Soares, para entregar uma nota oficial de protesto. As informações são do jornal O Globo.

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