O governo brasileiro está fazendo esforços para atrair empresas de medicamentos, com objetivo de diminuir os custos para o sistema de saúde. A informação foi divulgada hoje (20) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante cerimônia em homenagem ao ex-vice-presidente José Alencar, realizada no Instituto Nacional do Câncer (Inca), que recebeu o nome do político mineiro, morto em março deste ano. Só com o tratamento do câncer, que já representa a segunda causa de mortes no país, o Ministério da Saúde compromete 34% do orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) com medicamentos. “Estamos querendo atrair cada vez mais empresas para produzir aqui no Brasil os novos tratamentos. Com isso a gente consegue reduzir o preço e pode ampliar o acesso a mais pessoas”, disse Padilha. Segundo o ministro, existem diversas iniciativas sendo negociadas nesse sentido. “Temos 30 parcerias público-privadas em que o Ministério da Saúde entra com recursos e garantia de compra dos medicamentos, o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] entra com financiamento e as empresas privadas com o estímulo para a produção. Nós vamos ampliar ainda mais essas parcerias.” Padilha citou a recente publicação de novas regras pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o registro de produtos biotecnológicos, medicamentos de última geração, tornando as regras mais claras e seguras para grupos farmacêuticos interessados em produzir no Brasil. “Esta semana a Anvisa publicou a regra para registro de produtos biotecnológicos, que é a nova fronteira para o tratamento do câncer. A nova regra estimula as empresas internacionais a virem para o Brasil para registrarem esses produtos. O Ministério da Saúde apoia com recursos para financiar a construção da empresa e a compra dos medicamentos. E o BNDES apoia com financiamento como estímulo à empresa.”
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