O Brasil dará refúgio a 58 colombianos, atualmente residentes no Equador, que foram ameaçados de morte em seu país de origem – alguns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Essas famílias apresentaram o pedido de refúgio no Brasil ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
No Rio Grande do Sul, ficarão assentados 33 refugiados, encaminhados com apoio da Associação Antônio Vieira. Por meio do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Guarulhos (CDDH), o estado de São Paulo receberá os demais colombianos.
Os pedidos foram acolhidos pelo Acnur, cujo programa mundial de reassentamento e refúgio tem participação do Brasil, explicou o coordenador-geral do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Virginius Franca Lianza. “O Conare verifica as possibilidades de integração de cada caso em separado. O primeiro ano de moradia das famílias reassentadas é custeado pelo próprio Acnur. Já a sociedade civil realiza a integração local dos refugiados, e o governo brasileiro trata da legalização e proteção dessas pessoas no Brasil.”
O presidente do Conare, Paulo Abrão, destacou que a agenda prioritária do Conare está centrada não somente na análise de mérito dos pedidos de refúgio, mas também na formulação de políticas de integração. De acordo com Abrão, o Conare é responsável pela articulação do sistema de proteção ao refugiado, em todas as suas dimensões, incluindo a formulação de políticas e serviços de atendimento e de integração social.
O primeiro reassentamento de refugiados no Brasil foi feito em 2002, com a chegada de 23 afegãos ao Rio Grande do Sul. Segundo o Conare, atualmente, 467 refugiados estão reassentados em território brasileiro: 324 colombianos, 96 palestino, 27 equatorianos, nove afegãos, três venezuelanas, três apátridas, um congolês, uma costarriquenha, uma iraquiana, uma jordaniana e uma libanesa.
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