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Bombeiro denuncia que teve nádegas mordidas por superior

A situação foi justificada como um suposto 'ritual de batizado'

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Redação iBahia

15/12/2020 às 20:32 • Atualizada em 27/08/2022 às 16:16 - há XX semanas
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Na última quinta-feira (10), um soldado do Corpo de Bombeiros denunciou um cabo por assédios morais e sexuais no quartel do 8º Batalhão, em Goiânia. De acordo com O G1 Goiás, o denunciante contou que foi mordido nas nádegas pelo militar como suposto “ritual de batizado” ao entrar na corporação. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados e o processo segue em sigilo.

Segundo informações da corporação ao G1, o cabo foi afastado de suas funções, foram abertos Inquérito Policial Militar e Procedimento Administrativo Disciplinar e foi oferecido à vítima apoio psiquiátrico e psicológico.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que considera o comportamento denunciado “grave e completamente contrário aos princípios éticos da corporação” e que os atos são “repudiados com veemência”. A investigação está sendo conduzida por militares da corporação a que o denunciado pertence.

Na denúncia, a vítima conta que os assédios começaram logo que entrou na corporação, em setembro de 2019. "Ao chegar para o meu primeiro dia de serviço, o mesmo já veio para cima de mim com o que supostamente denominou de 'batismo de chegada', me segurando, tirando minha calça e mordendo a minha nádega", escreveu a vítima na denúncia.

O soldado contou que sofreu ofensas verbais, ameaças e que o superior ainda fazia investidas inadequadas com frequência: “Diversas tentativas de tocar meus órgãos genitais me segurando e me oprimindo para isso, proferindo, como exemplo, tapas em regiões como as nádegas e puxões de cabelo”. Além disso, o soldado também contou que chegou a comprar uma arma de choque elétrico (teaser) para se defender, mas não adiantou muito.

Ainda conforme o G1 GO, a vítima explicou que os abusos aconteceram até março deste ano, pois houve mudanças nos turnos de trabalho. Mas, houveram novas mudanças nas escalas da corporação fez com que ambos voltassem a conviver no ambiente de trabalho no último dia 7 de dezembro.

“Todo o assédio retornou com ainda mais força, com a difamação da minha imagem pessoal. [...] Então, eu decidi que não aceitaria mais isso e que denunciaria para que isso não se repetisse comigo nem com meus outros colegas que já foram constrangidos pelo mesmo, mas nunca fizeram nada”.

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