O boletim de ocorrência que relata a morte de Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, relata que o assassino em série foi morto a tiros e teve também o pescoço cortado. Segundo informações do g1, a vítima, de 68 anos, foi atingida quando estava na calçada em frente à casa dos familiares na manhã do domingo (5), em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.
Ainda segundo o boletim, os policiais militares foram acionados após terem recebido uma denúncia de disparos de arma de fogo na rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande. As testemunhas contaram que uma pessoa tinha sido baleada e que os suspeitos teriam fugido em um carro preto.
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Em outro chamado, a PM foi informada que o veículo teria entrado na Estrada da Cruz do Século. Os policiais foram até o local e encontraram o carro abandonado, com munição de pistola aparentemente intacta no assoalho.
A família de Pedrinho Matador explicou, em depoimento, que um carro preto passou pela via por volta das 8h30. E mais tarde, às 9h50, Pedrinho sentou em uma cadeira em frente à casa de um parente quando o mesmo veículo parou na rua e, duas pessoas, armadas, desceram do carro.
Um dos homens, que utilizavam máscaras, teria dito - para dona da casa - "não é nada com você, não. Pega sua filha e entra para dentro".
Na sequência, os dois efetuaram os disparos contra Pedrinho. Um dos suspeitos, com uma faca de cozinha, perfurou a garganta da vítima, que já estava caído. Após a ação, os criminosos voltaram para o carro e fugiram. E uma outra pessoa surgiu no portão da casa gritando que tinha chamado a polícia.
O celular de Pedrinho foi coletado pela equipe do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes. Já o carro encontrado pela PM e um galão encontrado próximo do veículo foram apreendidos.
A Polícia Civil requisitou o Instituto de Criminalística e a perícia. O caso foi registrado como homicídio qualificado. Até o momento, ninguém foi preso.
Histórico de crimes
Pedrinho ficou conhecido por causa do grande número de mortes que confessou ter cometido. Durante entrevista para a revista “Época”, em 2003, ele disse que teria matado mais de 100 pessoas, incluindo crimes cometidos dentro do sistema prisional.
O g1 procurou o Tribunal de Justiça de São Paulo, que não informou, até a última atualização desta reportagem, por quantas mortes Rodrigues Filho foi condenado. Ele foi preso pela primeira vez em 1973 e passou 42 anos na cadeia.
O primeiro assassinato aconteceu quando o condenado tinha 14 anos, no município de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, onde morava na época. A vítima foi o então prefeito da cidade, que tinha demitido o pai dele do trabalho como vigia em um colégio municipal.
Em uma outra polêmica entrevista de Pedrinho, ocorrida em 1996, para o “Fantástico”, ele contou que, até então, já tinha tinha matado 40 pessoas dentro da cadeia. Na ocasião, estava há dez anos na Casa de Detenção de Taubaté, isolado. “Simplesmente, sou um assassino, sempre fui”, disse.
Na reportagem ao Fantástico, o homem disse ainda que não tinha arrependimentos. Coisa que também estampava nas tatuagens que tinha espalhadas pelo corpo. Entre elas, imagens de punhais e a frase “mato por prazer”.
Em 2018, já em liberdade, Pedrinho criou um canal de Youtube e também mantinha um perfil no TikTok. Em um dos vídeos, mostrou um livro em que conta a história dele. No registro mais recente, publicado no sábado (4), ele aparece jogando sinuca em um bar, com a localização de Mogi das Cruzes.
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Redação iBahia
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