A onda de protestos por conta da Copa do Mundo no Brasil deve acontecer novamente em 2014. Ao menos foi o que os black blocs deixaram claro em entrevista ao jornal 'Estadão' neste domingo (01). Segundo o grupo, responsável por ações de grande repercussão em 2013, durante a Copa das Confederações, eles vão transformar o Mundial neste ano em um "caos" e, para isso, contarão com a ajuda do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização que domina os presídios paulistas e emite ordens para criminosos soltos.
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Alguns dos black blocs decidiram falar, pela primeira vez, sobre o que planejam fazer. "Vamos estourar de novo agora", prometeu um deles, de 34 anos, o mais veterano do grupo e que é formado em História na USP. O ativista contou ao jornal que "vai devolver o troco na moeda que o Estado impõe". "O caos que o Estado tem colocado na periferia, por meio da violência policial, na saúde pública, com pessoas morrendo nos hospitais, na falta de educação, na falta de dignidade no transporte, na vida humana, é o caos que a gente pretende devolver de troco para o Estado. E não na forma violenta como ele nos apresenta. Mas vamos instalar o caos, sim. Esse é um recado para o Estado", completou. Ainda à publicação, ele também comentou sobre o reforço que terá do PCC durante as manifestações: "A gente tem certeza de que o crime organizado, o PCC, vai causar o caos na Copa, e a gente vai puxar para o outro lado. Não temos aliança nem somos contra o PCC. Só que eles têm poder de fogo muito maior do que o MPL (Movimento Passe Livre, que iniciou as manifestações, há um ano, com ajuda dos black blocs). Pararam São Paulo".