O presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, afirmou que as personalidades negras que foram proibidades de receber homenagens em vida, por causa da regra editada pelo governo Jair Bolsonaro, serão os primeiros a ser homenageados.
Uma portaria publicada nesta quarta-feira (5) revoga a regra do governo anterior. A regra tinha sido editada pelo então presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, em 2020, e definia apensas homenagens póstumas, ou seja, após a morte do homenageado.
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Ao g1, João Jorge afirmou que a portaria era injusta. "Revogamos uma portaria que era injusta e tirava uma simples homenagem, que era o nome do site. Esses nomes excluídos devem voltar já hoje, pela tarde. Teremos de volta, Gilberto Gil, Zezé Motta, Margareth Menezes, Martinho da Vila, e tantos outros”.
A portaria publicada no Diário Oficial da União desta quarta cria um grupo dentro da Fundação Palmares para atualizar as regras de seleção das personalidades negras – nacionais e estrangeiras – a serem homenageadas no site da entidade.
O presidente da fundação disse ainda que novos nomes serão incluídos, como o do historiador Jaime Sodré, que morreu em 2020, e o fotógrafo Januário Gárcia, que morreu em 2021. "Além disso, vamos incluir nomes de outros estados, além de Rio, São Paulo e Bahia. Teremos nomes do Tocantins, de Santa Catarina, do Acre. São medidas que o movimento social vem pedindo há tempos”, disse.
João Jorge é presidente do Olodum e foi nomeado oficialmente como chefe da Fundação Cultural Palmares em 21 de março. O convite foi feito pela ministra da Cultura Margareth Menezes em dezembro. Na ocasião, ela falou sobre a situação da instituição. "A Fundação Palmares foi completamente depredada – fisicamente e também na sua estrutura interna".
Redação iBahia
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