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Após desfile em carro aberto, Lula toma posse como presidente da República

O vice-presidente Geraldo Alckmin acompanhou o presidente durante toda a cerimônia no Congresso Nacional neste domingo (1º)

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Redação iBahia

01/01/2023 às 15:00 • Atualizada em 01/01/2023 às 21:33 - há XX semanas
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					Após desfile em carro aberto, Lula toma posse como presidente da República
Foto: Agência Brasil

A cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva começou no início da tarde de 1º de janeiro de 2023. O presidente saiu do hotel por volta das 14h e chegou no Congresso Nacional às 15h. A segurança foi reforçada por todo o trajeto feito em carro aberto pelo presidente.

Ao lado dele, o vice Geraldo Alckmin e as primeiras-damas. A subida da rampa foi feita seguindo os protocolos tradicionais, com tapete vermelho e a presença dos guardas oficiais fardados do início até a porta principal do local.

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					Após desfile em carro aberto, Lula toma posse como presidente da República
Foto: Agência Senado

No Salão Negro, Alckmin e Lula foram recebidos pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Após honrarias militares, eles seguiram pelo Salão Verde até o plenário da Câmara dos Deputados às 14h47.

Com até uma hora de duração, a cerimônia marca a tomada formal de posse e é comandada pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco. O mandato de Lula e Alckmin segue até 4 de janeiro de 2027.


				
					Após desfile em carro aberto, Lula toma posse como presidente da República
Foto: Agência Senado

Lula diz que foi preciso superar 'campanha abjeta de ódio'

Na abertura de seu discurso, Lula afirmou que para vencer a eleição foi preciso superar "a mais abjeta campanha de mentiras e ódio" da história eleitoral brasileira, quando, segundo ele, "nunca a máquina pública foi tão desencaminhada" e "nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder econômico".

— Foi fundamental a atitude corajosa do Poder Judiciário, especialmente do Tribunal Superior Eleitoral, para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre a violência de seus detratores — acrescentou, sob aplausos.

Cerimônia

No início da sessão solene de posse, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fez uma homenagem a Pelé e ao papa Bento XVI. Ele pediu um minuto de silêncio em homenagem ao rei do futebol e ao papa emérito. Pelé morreu na última quinta-feira (29) e Bento XVI morreu nesse sábado (31).

Foi o primeiro-secretário do Congresso, deputado Luciano Bivar (União-PE) que fez a leitura do Termo de Posse, que foi assinado por Lula, Alckmin e pelos integrantes da Mesa.

A cerimônia contou ainda com personalidades internacionais, nacionais e celebridades. Após o rito, com hino nacional e discursos iniciais, Lula deu início ao discurso. Após ele, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), falou sobre o presidente e a situação no Brasil. Ele pontuou que a vitória da chapa Lula-Alckmin pode ter marcado "o mais relevante processo eleitoral desde a redemocratização".

"Nas eleições de 2022, a democracia brasileira foi testada e saiu vitoriosa. É possível que tenha sido o processo eleitoral mais importante da nossa História após a redemocratização. O tempo dirá", pontuou.

O presidente do Parlamento também elogiou Lula e Alckmin, antigos adversários políticos, por terem se unido, "pondo o interesse nacional acima de eventuais divergências".

Após seu discurso, o presidente do Congresso Nacional encerrou a sessão solene de posse de Lula e Geraldo Alckmin na presidência e vice-presidência da República. Com o encerramento, Lula, Alckmin, Pacheco e também o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deixam o Congresso e acompanham a continuidade do evento em frente à rampa principal.

Lá, eles acompanham a execução do Hino Nacional pela Banda do Batalhão da Guarda Presidencial. Após a execução do Hino, serão prestadas as honras militares e a revista da tropa. Após a revista da tropa, Lula e Alckmin seguirão ao Palácio do Planalto, onde o presidente deve realizar novo pronunciamento à população.

Discurso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, durante seu discurso na cerimônia de posse no Congresso Nacional, que a democracia foi a grande vitoriosa nas eleições de 2022. Ele destacou a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na condução do pleito e disse que a frente democrática vitoriosa superou “a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu”, em referência à campanha do candidato Jair Bolsonaro.

“Nunca os recursos do Estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário de poder, nunca a máquina pública foi tão desencaminhada dos controles republicanos, nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder econômico e por mentira disseminadas em escala industrial”, disse. “Apesar de tudo, a decisão das urnas prevaleceu graças a um sistema eleitoral. Foi fundamental a atitude corajosa do poder Judiciário, especialmente do TSE, para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre as violências de seus detratores”.

Lula começa hoje o seu terceiro mandato. “Renovo o juramente de fidelidade à Constituição, junto com vice e os ministros que conosco vão trabalhar. Se estamos aqui hoje é graças a consciência política da sociedade brasileira à frente democrática que formamos ao longo dessa campanha histórica”, destacou o presidente.

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