O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, defendeu nesta sexta-feira (24) a apuração das denúncias sobre o esquema de corrupção na Petrobras publicadas nessa quinta-feira (23), na edição online da revista Veja. Segundo a reportagem, em depoimento à Polícia Federal (PF) como parte do processo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef teria dito que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff tinham conhecimento das irregularidades investigadas pela PF na Operação Lava Jato. Youssef foi preso na operação, que descobriu esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos que pode ter movimentado cerca de R$ 10 bilhões. O doleiro é acusado de lavagem de dinheiro e de receber propina de empreiteiras que têm contratos com a Petrobras e de repassá-la a partidos políticos. Ele aceitou firmar, com o Ministério Público Federal (MPF), acordo de delação premiada em troca de redução da pena, no caso de ser condenado.
"É algo extremamente grave. Nós já havíamos denunciado há muito tempo esses supostos desvios na Petrobras e agora tudo isso culmina com essa informação prestada pelo senhor Youssef. Eu determinei que hoje o PSDB ingressasse na Procuradoria-Geral da República, solicitando que essas investigações sejam aprofundadas em razão de sua gravidade", disse Aécio Neves, em pronunciamento no hotel onde gravava o programa eleitoral. "Se comprovado isso, é a confirmação de que houve operação de caixa 2 na atual campanha presidencial do PT. É algo extremamente grave, que precisa ser confirmado, mas também apurado", completou o candidato. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou hoje pedido de retirada da reportagem publicada na página do Facebook da revista. O pedido foi feito pela coligação Com a Força do Povo, que apoia a candidatura de Dilma à reeleição. Na representação, a coligação de Dilma acusa Veja de ter antecipado a edição para "tentar afetar a lisura do pleito eleitoral".
(Foto: Orlando Brito/ Coligação Muda Brasil) |
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