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Advogada é estrangulada e atropelada por ex-noivo

Ele responderá por feminicídio, quando a mulher é morta pela condição do sexo feminino

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Redação iBahia

25/08/2017 às 16:39 • Atualizada em 01/09/2022 às 0:35 - há XX semanas
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Um homem de 34 anos foi preso em flagrante pela morte de sua ex-noiva, na cidade de Serra, Região Metropolitana da Vitória, no Espírito Santo. Segundo a Delegacia Especializada de Homicídio contra a Mulher, Rogério Costa de Almeida estrangulou a advogada Gabriela Silva de Jesus, de 24 anos, e depois atropelou a vítima para se certificar de que ela estava morta. Ao tentar fugir, porém, o pneu do carro furou, e o automóvel ficou no local.

Encontrado em casa, Rogério confessou o crime na delegacia. Ele responderá por feminicídio, quando a mulher é morta pela condição do sexo feminino.

Policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam também Alexandre Santos de Souza, de 31 anos, amigo de Rogério e proprietário do veículo usado no crime, que ocorreu na última quinta-feira. Ele negou a cumplicidade, alegando ter sido sequestrado naquele mesmo dia. Mas, segundo a polícia, o suspeito responderá por homicídio qualificado.

De acordo com o delegado Janderson Lube, responsável pelo caso, Rogério e Gabriela mantiveram um relacionamento "sempre conturbado" por cinco anos. No início deste ano, ela terminou o noivado, ao que Rogério reagiu ameaçando e perseguindo a vítima. Gabriela, porém, não registrou ocorrência contra ele.

— Como Rogério manteve um relacionamento com a vítima, seu crime foi enquadrado como feminicídio. Ele estudou Direito com Gabriela, mas acredito que não estivesse mais na faculdade — afirmou o delegado, salientando que o preso pode ter atropelado a ex-noiva para fazer o crime se parecer com um acidente.

Em depoimento, parentes da vítima disseram ter visto a advogada pela última vez por volta das 11h30, quando ela saiu de casa. Como ela não apareceu no trabalho, a família foi buscar informações e soube que uma mulher foi levada à força por um homem no bairro de Colina de Laranjeiras, informou Lube.

O corpo, já liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), foi encontrado com diversas lesões e vestígios de asfixia por volta das 20h30 em um local onde também estava um veículo no nome de Alexandre.

Rogério estava em sua casa no momento da prisão. À polícia, ele contou sobre a participação de Alexandre no homicídio, indicando aos investigadores onde o cúmplice morava, em Santa Rita, Vila Velha. Alexandre disse aos agentes que o carro foi roubado, mas a polícia informou que não há qualquer ocorrência de furto ou roubo do veículo.

— Depois de apresentar várias provas para Rogério, foi difícil com que ele contasse mais informações sobre o caso, mas, por fim, ele admitiu o crime e contou sobre o Alexandre. Na delegacia, formalizamos a confissão — disse Lube.

Ao ser ouvido pela polícia, Alexandre alegou que mais cedo, naquele mesmo dia, havia sido sequestrado próximo ao Terminal de Itaparica, por dois indivíduos encapuzados, quando escutou uma voz de menina e sons de pessoas agredindo-a.

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