Ensinar sobre diversidade para as crianças através da leitura. É possível resumir dessa forma o trabalho da Editora Mostarda. Nascida em Campinas, a editora esteve presente na Bienal do Livro da Bahia.
Além de obras sobre personalidades pretas, a editora buscou atingir outras bolhas. Dessa forma, alguns dos livros de uma nova coleção são feitos para cegos ou pessoas com baixa visão, como explica baiana Marcela Ribeiro, uma das representantes da editora no evento.
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"Eles [livros] têm caixa alta, negrito, imagem descritiva. Então todas as ilustrações estão dentro do livro. São livros em braile que falam sobre antirracismo, sobre personalidades que a história contou e que a história embranqueceu, como Luiz Gama Machado de Assis, os irmãos Rebouças", explica.
Entre os livros vendidos pela editora está "O Jardim de Marielle", da escritora Majori Silva. Ela conta que quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada em 2018, a sobrinha dela tinha apenas quatro anos. Diante da comoção, a criança pergountou para ela quem era aquela mulher e o que estava acontecendo.
"E aí com toda preocupação empatia, eu tentei escrever uma história. Foi uma forma de trazer isso de uma maneira mais lúdica", contou a autora.
No meio do stand da Mostarda, no domingo (13), quarto dia de Bienal, estava a pequena Ayla, de 3 anos. A felicidade de ver personagens de livros com o cabelo semelhante ao dela deixou a mãe emocionada.
"Eu sou professora de história, para mim é muito gratificante chegar arrepiar de ver tanta representatividade. Fico emocionada de ver que Ayla vai ter a oportunidade de ler, trabalhar e falar sobre isso sobre personalidades como essas desde cedo", celebrou.
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Redação iBahia
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