A campeã do BBB 23, Amanda Meirelles, explicou por que usa o cabelo como fio dental. Durante a gravação do programa 101, na noite de quarta-feira (26), ela falou sobre o hábito incomum que chamou atenção do público.
Segundo a médica, isso acontece quando ela está em uma crise de ansiedade. Durante o período em que esteve confinada, o hábito foi motivo de assunto nas redes sociais, principalmente por Amanda ser da área de assunto. Os internautas consideraram a atitude anti-higiênica.
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"Aquilo é uma loucura tão grande que a gente vai descontando a ansiedade da forma que dá. Não é certo. A ansiedade batia, cada um descontava de uma maneira, mas realmente foi um hábito estranho", explicou a sister.
Tricotilomania
Durante o programa, diversas vezes Amanda também foi vista puxando fios de cabelo. O hábito pode ser denominado "tricotilomania".
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB), a tricotilomania é uma desordem comportamental em que a pessoa sente um impulso recorrente e incontrolável de arrancar os fios de cabelo ou os pelos do corpo, como sobrancelhas, cílios e barba.
A tricotilomania é classificada como um transtorno de controle dos impulsos e faz parte do espectro do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Ainda segundo informações da SDB, em 5 a 20% dos casos essa condição evolui para tricofagia, distúrbio em que a pessoa passa a comer os fios após arrancá-los.
Sem causa definida, a tricotilomania pode estar ligada a fatores como ansiedade e problemas emocionais, genéticos ou neurobiológicos. Essa divergência pode dificultar o diagnóstico da doença, uma vez que a pessoa nem sempre percebe o ato de puxar os fios e só vai ao médico ao apresentar falta de cabelos ou pelos. Porém, dados apontam que, na idade adulta, as mulheres são as mais atingidas pela condição, sendo quatro para cada homem.
O tratamento para essa condição deve ser interdisciplinar e individual. Ainda de acordo com a SDB, o diagnóstico da causa do transtorno será essencial ara saber como o tratamento deve ser feito.
Além do dermatologista, alguns casos podem exigir diagnósticos por psicólogo ou psiquiatra, o que poderia demandar a utilização de medicamentos para ansiedade e depressão, por exemplo. As terapias cognitivo-comportamentais podem fazer parte de esse processo, para ajudar a identificar os gatilhos que levam ao comportamento.
Redação iBahia
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