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Virada Publicitária discute oportunidades da crise econômica

Capacidade de se reinventar é o maior dos desafios para quem quer reverter os efeitos colaterais da crise

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06/10/2015 às 7:12 • Atualizada em 01/09/2022 às 3:52 - há XX semanas
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A crise como uma alternativa para expandir o mercado e garantir a visibilidade das marcas foi o tema das discussões ontem, durante a abertura da Virada Publicitária Bahia Recall. O evento realizado pela Rede Bahia em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP-BA), Associação Baiana do Mercado Publicitário (ABMP) e o Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro), reuniu no Sheraton Hotel da Bahia, profissionais do mercado publicitário baiano. “As marcas que investem em propaganda são as primeiras que saem na frente após a recessão”, afirma o presidente da Abap e sócio-diretor da Agência Ideia 3. “Isso acaba exigindo da gente, buscar caminhos que inspirem inovação e criatividade com uma abordagem que seja eficiente”, completa.

Mercado publicitário baiano se reuniu para o lançamento de evento que reúne o setor, no Sheraton da Bahia
De acordo com estudo realizado pelo Ibope Media, no primeiro semestre deste ano, o movimento em mídia no Brasil chegou a R$ 60,1 bilhões, pouco maior que no ano passado. O ano é considerado complicado pelas agências, mas também tem sido oportunidade de fortalecimento, como assegura o sócio-diretor da Bahia Comunicação, Paulo Viana. “Neste momento aquelas empresas que mostram a cara, saem mais rápido dela e ganham mais mercados fortalecendo suas marcas”. A capacidade de se reinventar, mesmo que com menos recursos é o maior dos desafios para quem quer reverter os efeitos colaterais da crise e da cautela do consumidor em gastar. “A preocupação do mercado deve estar em atingir os anseios dos consumidores que querem comprar”, explica o presidente da Publicis Brasil e Salles Chemistri, Hugo Rodrigues, convidado do evento para abertura da Virada Publicitária para discutir o tema. Ele acredita que é preciso buscar um diferencial para que o consumidor se sinta atraído. Para isso, as novas tecnologias es a comunicações são ferramentas fundamentais. “Não existem verdade absolutas. Depende muito da marca que você trabalha e o consumidor que pretende atingir. Neste ponto saber lhe dar com a esta revolução tecnológica a favor da comunicação é fundamental”, acrescenta. É é justamente esta a proposta da Virada, que termina hoje após a realização de mais workshops e palestras, como enfatiza o presidente da Rede Bahia, Antônio Carlos Magalhães Júnior. “A intenção da Rede Bahia é unir o mercado e motivá-los a buscar caminhos para enfrentar a crise. E um desses caminhos é refletir juntos as soluções possíveis”. ENTREVISTA - ‘É o otimismo que move o mundo e não o pessimismo’ O publicitário Hugo Rodrigues, um dos mais influentes do Brasil, acredita que a comunicação deve ser utilizada como uma arma em tempos de crise. No entanto, é preciso saber como manuseá-la da melhor maneira para que ela possa atingir os objetivos do cliente. Ele conversou com o CORREIO antes da palestra que ministrou ontem na abertura da Virada Publicitária Bahia Recall.

Por que investir em comunicação em tempos de crise? Eu sou muito a favor de entender primeiro a necessidade do cliente. A comunicação é uma grande arma sim, fez grandes marcas surgirem na crise e fez grandes marcas ressurgirem. Por que a comunicação pode ser uma arma tão poderosa? Na crise global de 2008, a Coca-Cola usou a comunicação de forma brilhante para mostrar que eles tinham um otimismo exagerado diante dessa crise. A partir do momento que você coloca que o otimismo que move o mundo e não o pessimismo, isso tende a se relacionar com aquele consumidor quando ele mais precisa. Quando você ganha o coração dele, automaticamente ganha a mente. Como a comunicação pode ser capaz de contribuir? A gente tem um exemplo do mercado automobilístico, com a GM, quando a empresa americana teve um problema lá fora que correu um risco de falência. Na época, a gente tinha medo que essa imagem chegasse ao Brasil e tirasse do consumidor a vontade de comprar e aumentasse o medo de um carro da marca. Fizemos uma campanha superestruturada, oferecendo benefícios de garantia para mostrar ao consumidor que aquilo estava seguramente garantido que não aconteceria, nós tivemos um dos meses de maior venda na história da marca no país. Fizemos um trabalho com os vendedores da Chevrolet, passamos segurança de que a GM continuaria viva e forte. Primeiro, fizemos uma campanha interna e depois nós levamos esses funcionários para a televisão, utilizando até uma música do Roberto Carlos: “Vem, que eu conto os dias, conto as horas pra te ver” e foi um sucesso absoluto. Esse é um bom exemplo.
Correio24horas

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