A Universidade Estadual de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, informou que afastou cinco vigilantes após um estudante relatar ter sido agredido dentro do campus da instituição. O caso aconteceu no sábado (12), após o aluno pular o muro do campus para utilizar o Wi-Fi, afim de solicitar um transporte por aplicativo.
"Não se trata aqui de punições antecipadas ou qualquer violação dos princípios do contraditório ou da presunção de inocência, pois os vigilantes já afastados terão a oportunidade de se manifestar na sindicância a ser instaurada pela Uefs ou também na esfera criminal”, disse o reitor Evandro do Nascimento.
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O reitor afirmou, ainda, que o afastamento dos vigilantes identificados se fez necessário não apenas como trâmite administrativo ou atendendo ao clamor vindo da comunidade acadêmica e outros setores da sociedade, mas também – e principalmente - como um posicionamento a instituição diante de atos de violência ou qualquer possibilidade de crimes de racismo e homofobia dentro e fora dos muros da instituição.
A chefe de gabinete Taise Bonfim destacou que o processo de sindicância será instaurado com a máxima brevidade e que a Universidade também acompanhará de perto os desdobramentos das investigações na seara penal.
O caso
Um estudante do segundo semestre de biologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) denunciou nove seguranças da instituição por agressão. O aluno afirma ter sido agredido com pontapés e socos pelos profissionais. A situação ocorreu no sábado (12), após o aluno pular o muro do campus para usar a internet do local. A intenção dele era chamar um transporte por aplicativo.
De acordo com a Polícia Civil, o estudante relatou que saiu de uma festa no Conjunto Feira 6, ao lado da universidade, e pediu para entrar no campus da faculdade para usar a internet para pedir um transporte por aplicativo. Ele afirmou ter narrado a situação aos seguranças e informado o nome completo e número de matrícula, mas mesmo assim foi impedido de entrar no local.
Os seguranças teriam dito que apenas estudantes residentes poderiam entrar na instituição naquele horário. Foi após a negativa que ele tentou pular o muro do campus, para não ficar na rua.
Com isso, o estudante disse ter sido imobilizado por um dos seguranças e outros oito o agrediram com os pontapés e socos. O aluno disse também que ouviu termos pejorativos e de cunho homofóbico.
Em nota, a Uefs afirmou que repudia o ato de violência e que, diante da denpuncia, cabe à instituição iniciar os trâmites de apuração na esfera administrativa.
“Sejam quais forem as condutas inadequadas ou crimes apontados após os devidos processos de investigação, não há que se falar em impunidade nem nada do gênero. Além de ter como prioridade e responsabilidade zelar pela integridade física e emocional da sua comunidade, a Uefs tem noção da sua função social e responsabilidade jurídico-administrativa diante deste e qualquer outro fato que vá de encontro a direitos e garantias”, diz a nota.
Por fim, a universidade diz que compromete a fornecer à comunidade com transparência e objetividade os desdobramentos jurídicos e administrativos na solução do caso.
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Redação iBahia
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