Passageiros que estavam no catamarã atingido por uma baleia na manhã desta segunda-feira (11) na região da Ilha de Itaparica chegaram por volta das 13h no Terminal Náutico de Salvador. A viagem, que dura em média duas horas, demorou quase 4 horas por conta do acidente já que apenas um motor da embarcação ficou funcionando.
Turista de Fortaleza, no Ceará, Lidiane Veríssimo, 30 anos, relata que passou por muito sufoco e teve medo durante a travessia. "Foi um sufoco, muita agonia, mas deu tudo certo. A baleia bateu duas vezes no barco. Os marinheiros ficaram desesperados. Todo mundo começou a pegar os coletes e ficou tirando água o tempo todo. Se não fossem os dois marinheiros poderia ter afundado. Foi muito choque. Foi Deus. Ficamos todos rezando e pedindo a deus nos salvar. Estou muito nervosa ainda", relata Lidiane que estava em Morro de São Paulo com o namorado.
Ana Maria Gonçalves, turista de São Paulo, relata que já estava se sentindo mal durante a viagem quando a baleia atingiu o catamarã. "Eu já estava nervosa porque normalmente as pessoas passam mal na volta de Morro de São Paulo para Salvador por conta da maré que bate de frente. Depois que a baleia bateu que as pessoas começaram a botar os coletes desesperadas. A viagem durou quatro horas. Foi muito tenso mas logo que o socorro chegou as coisas ficaram mais calmas".
Piloto do catamarã, Márcio Alexandre relata que a tripulação precisou de agilidade para evitar um problema maior. "Amassou a hélice, o eixo e ficamos com um motor só. À medida que a gente viu que a água estava subindo muito descemos com balde, abrindo janelas para tirar a água. O pessoal ficou mais na expectativa por conta do acidente que teve em Mar Grande. Fizemos o procedimento certo. Colocamos o colete em todo mundo. Pedimos apoio. Veio a lancha de uma empresa para dar suporte também e isso tranquilizou os passageiros. Abriu dois buracos no casco", relata.
O piloto diz que a baleia se chegou duas vezes. "Era uma baleia grande.Quem está acostumado a fazer esse tipo de viagem sabe que tem baleias no percurso. Eu trabalho nessa linha há 20 anos. Como hoje eu nunca vi tantas baleias. Toda hora passava uma baleia. A visibilidade não era boa. Quando bateu teve gente que chegou a cair e tudo. Fiquei mais ou menos duras horas tirando água de dentro do barco".
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Redação iBahia
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