Treze trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em uma propriedade rural de café, em Sooretama, no Norte do Espírito Santo. O grupo foi encontrado durante uma operação dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho e da Polícia Federal.
Dois dos trabalhadores resgatados, dois eram menores de idade: uma jovem de 15 anos e o companheiro, de 17. Segundo o Ministério do Trabalho, o grupo foi aliciado quando estavam na cidade de Itabuna, na Bahia, no início de abril. A proposta era para trabalhar na propriedade.
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Segundo os trabalhadores, os aliciadores tinham prometido um salário alto e condições dignas de trabalho. No entanto, ao chegarem no local, perceberam que tinham sido enganados. O alojamento onde ficaram era precário, sujo e com goteiras.
Os trabalhadores tinham apenas um banheiro de uso coletivo e que também estava em condições ruins. Os ficais apontaram que os trabalhadores muitas vezes tinham que usar a plantação como banheiro. Os auditores afirmaram que os próprios trabalhadores precisavam adquirir a própria alimentação.
De acordo com o g1, a adolescente resgatada contou aos auditores que eles tinham que beber água da torneira.
"O trabalho é um pouco pesado. Eles têm que me pagar a comida e também têm que pagar a passagem que 'nós veio' (sic). Aí nesse momento nós não tá podendo ir pra casa. E também tá muito barato o café, tá 14 reais. Nas outras fazendas, pagam mais ou menos 25. E a água não é filtrada não, é da torneira", disse a menor.
Sobre o pagamento, o empregador começou pagando R$ 12 a saca, no entanto, por conta da condição ruim do cafezal, os trabalhadores colhiam pouco e recebiam um valor inferior ao estabelecido.
Após o resgate, o grupo foi levada para um hotel em Linhares, uma cidade no norte capixaba, onde vão ficar até está quinta-feira (27). As vítimas vão receber o pagamento das verbas rescisórias, além do transporte para o retorno até as residências onde vivem. Eles devem receber um valor de aproximadamente R$ 49.450 pelos dias trabalhados e direitos rescisórios.
Redação iBahia
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