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Suspeito de matar Mãe Bernadete tentou vender terreno em área quilombola

Líder quilombola foi assassinada na Bahia na última quinta-feira (17)

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Redação iBahia

19/08/2023 às 18:19 - há XX semanas
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					Suspeito de matar Mãe Bernadete tentou vender terreno em área quilombola
Foto: Conaq

Um dos suspeitos de matar a líder religiosa Bernadete Pacífico tentou vender um terreno localizado dentro do quilombo localizado em Simões Filho. Ela foi assassinada a tiros na última quinta-feira (17).

De acordo com informações do g1 Bahia, uma fonte contou ao portal que o suspeito também é ligado a extração ilegal de madeira e que foi responsável por contes de energia no imóvel da quilombola momentos antes do crime acontecer.

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"Suspeitamos que tenha havido um conluio entre esse invasor dos terrenos no quilombo e um policial que está por trás da exploração clandestina de madeira", disse a fonte.

Através de uma nota, a Polícia Civil informou que realiza diligências contínuas para apurar o crime. Porém, detalhes sobre as investigações não serão divulgados para preservar o andamento da apuração.

O corpo de Bernadete Pacífico foi enterrado neste sábado (19) sob forte comoção do público. O enterro aconteceu no Cemitério Ordem 3ª de São Francisco, na Baixa de Quintas, onde também foi enterrado o filho da líder quilombola, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo. Ele também foi assassinado na comunidade em 2017 e o crime pode ter relação com a morte de Mãe Bernadete.


				
					Suspeito de matar Mãe Bernadete tentou vender terreno em área quilombola
Foto: Reprodução/TV Bahia

Investigação

Tanto o assassinato de Mãe Bernadete, quanto o do filho dela são investigados pela Polícia Federal. Quase seis anos depois, a morte de Binho do Quilombo ainda não foi solucionada.

A Polícia Civil também apura a morte da líder quilombola. Em investigações iniciais, a Corporação já constatou que as armas utilizadas no crime contra a yalorixá são de calibre 9mm, que é de uso restrito.

Mãe Bernadete foi morta dentro da casa onde vivia, na Base Comunitária do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho. Dois homens usando capacetes entraram no imóvel, fizeram três netos que estavam com ela reféns e fugiram levando celulares após o assassinato.

A suspeita inicial é de que o caso esteja ligado a tentativas de invasão e ocupação de terras na região, no entanto ainda de acordo com a polícia, não há uma linha de investigação definida. Com isso, não está descartado que as mortes na família tenham correlação. Uma equipe multidisciplinar da Polícia Civil está trabalhando na investigação do caso.

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