Após quatro horas de depoimento na tarde desta quinta-feira (21), a suspeita de envolvimento na morte do empresário Dorian da Silva Santos, Daiane de Oliveira Dias, foi liberada do Complexo de Delegacias de Feira de Santana, no bairro Sobradinho, por não ter sido presa em flagrante e por não haver mandado de prisão decretado.O delegado João Rodrigo Uzzum, coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (1ª Coorpin), informou que a polícia recebeu a informação de que a suspeita estava na casa de uma amiga na Rua Graça Aranha, no bairro Campo Limpo, em Feira de Santana, e que ao ser encontrada no local a mesma foi conduzida para interrogatório, onde confessou seu envolvimento na morte do empresário de 29 anos.
Durante o depoimento ela informou que se encontrou com a vítima na última terça-feira nas proximidades do antigo posto da PRF em frente a Universidade Estadual de feira de Santana (Uefs) e foram para uma residência alugada nas proximidades por Davi Rios de Oliveira, 21 anos, o "Davi Gordo", suspeito de executar o crime com a participação de Joanderson Menezes Lima. Na casa, Daiane e Dorian tiveram relações sexuais e na saída ele foi abordado pelos dois homens e levado para Humildes, onde foi executado com seis tiros na cabeça. Antes, eles dispensaram o celular da vítima temendo serem rastreados.Daiane mantinha também um relacionamento paralelo com "Davi Gordo" e disse ao Acorda Cidade que começou a se envolver com Dorian quando tinha 14 anos. Ela negou que tinha planejado o assalto.“Eu não tive envolvimento nenhum. A única participação que eu tive aí foi só de marcar por telefone para o posto da federal, porque nem dentro do carro para sair com ele eu entrei. Eu conheci Dorian com 12 pra 13 anos e comecei a ficar com ele com 14 anos, quando ele trabalhava ainda no Conselho Tutelar de Serra Preta. Eu era de menor, aí ele começou a ganhar dinheiro com a Telexfree. Ele falou: E aí quer ficar só comigo não? Te dou tudo. Falou que iria me dar dois mil reais, que pagaria faculdade, e daria uma casa para mim e eu falei que não queria e fui embora para Salvador. Esse negócio de morte eu não tenho nada a ver, não sabia que ele ia morrer, nem no carro eu entrei. Não foi eu que liguei para ele, foi ele que falou comigo para fazer um flashback. Quando eu estava com ele, me dava tudo, mas eu não tinha relacionamento com ele, era só quando ele ligava. Ele era casado. Toda vez que eu saía com ele, ele me dava alguma coisa”, disse ressaltando que soube da morte pelo WhatsApp.
O delegado contesta a informação de que ela não sabia que o empresário seria executado após o roubo. “O fato de que ela não sabia que eles teriam que matar após o roubo, é uma mentira. Ela disse que a intenção do delito era meramente patrimonial e que o objetivo era roubar a SW4, que posteriormente seria vendida e que o dinheiro iria ser repartido entre os envolvidos. Ela nega ter matado, no entanto os outros envolvidos são muito enfáticos no aspecto de afirmar que realmente ela tinha pleno conhecimento disso", afirmou.Davi e Joanderson, que foram presos em flagrante na noite de quarta-feira (20) após um assalto com o carro de Dorian (veja aqui), confessaram o assassinato informando que teriam praticado o crime com o objetivo de roubar dinheiro e o veículo da vítima. Eles disseram também que quem teria sugerido a prática delitiva foi Daiane de Oliveira Dias, que impôs como condição para atrair a vítima para o assalto, que Dorian fosse morto.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade |
Foto: Reprodução/ Facebook |
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Redação iBahia
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