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A situação do turismo em Salvador, os investimentos do Ministério do Turismo na cidade e as eleições de 2014 foram os assuntos abordados durante entrevista do secretário Estadual de Turismo, Domingos Leonelli (PSB), a Emmerson José e Alex Ferraz, nesta quinta-feira (22), no CBN Salvador 1ª Edição. O primeiro ponto questionado foi com relação a falta de voos internacionais originados de Salvador e a restrição de mercado, com o domínio de poucas empresas aéreas. Segundo Leonelli, esse tema foi abordado no último Fórum Nacional de Secretários de Turismo. “Aprovamos no evento a recomendação da abertura do céu brasileiro às empresas internacionais. Na prática já estão abertas. É um absurdo que temos reserva de mercado para multinacionais. Sou socialista e para chegar a dizer que tem que abrir é porque está ruim”, avaliou. A troca de linha aérea também foi atribuída à diminuição do número de voos. “Para abrir uma linha a empresa precisa de autorização da ANAC, mas pra fechar ou mudar não precisam de autorização. Então pedem uma linha para Salvador-Aracaju depois de um ano mudam para Belo Horizonte”, explicou Leonelli. Mesmo Salvador tendo voos diretos para Lisboa, Madrid e Miami, ainda seriam necessários mais linhas para outros locais. O preço das passagens, que encareceu nos últimos anos, tem afastado os viajantes, na opinião do socialista. “Essas empresas se aproveitaram do crescimento da classe média, da incorporação de 25 milhões de brasileiros aos padrões de consumo e ao invés de corresponderem com ampliação de voos, auxiliando o turismo, elas estão dificultando isso para aumentarem seus lucros. A rentabilidade das empresas são altas”.
Noite de Salvador A situação da segurança pública na cidade de Salvador foi atribuída à diminuição da noite soteropolitana e foi questionado se esse fator colabora para o esvaziamento de espaços culturais e bares. Para Leonelli, houve uma modificação da noite boêmia de Salvador ao longo dos anos, o que se agravou com a construção do Centro Administrativo da Bahia, que retirou os trabalhadores do centro da cidade. “Antes a noite se concentrava na Avenida Sete, na Contorno, de repente isso foi se esgarçando, se modificando, e a noite foi transferida para o Rio Vermelho. A falta de espaços voltados para públicos específicos também teve a atenção do secretário, que pediu que a iniciativa privada atentasse para isso. “Fazemos esforço muito grande de estimular a iniciativa privada. A terceira idade não tem lugar para danças. Estimulamos isso no Pelourinho com atividades como a gafieira. Mas são coisas sazonais. Coisas permanentes tem que ser da iniciativa privada.
Investimentos Para Leonelli, a redução de gastos que o Governo do Estado está fazendo não vai prejudicar a área do turismo. Os gastos na pasta já estavam sendo reduzidos e os custos debatidos. “Deveremos salvar os projetos essenciais, mas vamos ter reduções, que é um necessidade do governo”. No âmbito federal os investimentos continuam, segundo o secretário. Já houve um valor de R$ 263 milhões destinados para a estrada Itacaré-Camamu, requalificação urbana em Imbassay e em Morro de São Paulo. Além disso, foram feitas recuperações de igrejas, como a do Rosário dos Pretos e o Palácio Rio Branco. Sobre a situação de alguns casarões do Centro Histórico, Leonelli disse que com o PAC das Cidades Históricas haverá uma recuperação. “O Pelourinho recebeu bastante investimento, recebeu iluminação cênica no Terreiro de Jesus, acessibilidade, e a segurança foi reforçada. O problema do Pelourinho é o mal estar por um conjunto de ambulantes agressivos, jovens viciados, mas são áreas de recuperação social. Como um todo é uma área bem policiada e tem recebido investimentos”, afirmou.
Eleições 2014 O secretário não quis antecipar, nem se comprometer opinando sobre a possível composição de chapa para as eleições de 2014, mas negou a possibilidade do PSB tocar sozinho uma campanha majoritária. “Nosso pleito é de [senadora] Lídice ser a candidata da base, ter apoio dos partidos, é o que temos como expectativa. Acho que devemos tratar disso em 2014. Nós agora, nossa posição é que Lídice pode pleitear, ela está confortável, e pode pleitear esse apoio”, disse. Sobre a possibilidade de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, Leonelli foi taxativo: “Só posso discutir isso em 2014”.
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