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Servidores do IF Baiano podem ocupar reitoria nesta quarta (22)

Funcionários querem homologação do resultado da eleição para reitor

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22/01/2014 às 11:58 • Atualizada em 30/08/2022 às 4:43 - há XX semanas
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Os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) irão se reunir nesta quarta-feira (22), às 14h, para discutir a situação das eleições para reitor da instituição, finalizada, mas não homologada pelo Conselho Superior. De acordo com o professor Denilson Sodré, um dos representantes do movimento, em entrevista ao iBahia, houve uma espécie de boicote do conselho com relação ao processo eleitoral, vencido pelo candidato Geovane Nascimento com 63% dos votos válidos. O motivo da conduta seria a derrota do candidato Milton Santos, atual reitor do IF. Segundo Denilson, há vans com representantes dos campi, sindicais, da comunidade externa e interna, alunos, docentes e técnicos chegando em Salvador para discutir o fato com representantes do Conselho Superior e, caso não haja nenhum avanço nas conversas, existe um indicativo de greve e uma ameaça de ocupação da reitoria, numa forma de forçar a eleição por direito do candidato vencedor. A ideia é fazer com que o Ministério da Educação (MEC) acate a decisão das urnas. "Como não foi o candidato da gestão atual, eles não aceitaram. O que eles alegam é que a comissão eleitoral foi tendenciosa em não aceitar o pedido de impugnação que existiu para o candidato que ganhou a eleição. Tivemos um problema com uma faixa que ficou fora do prazo, pois deveria ter sido retirada no dia 30 e não foi, mas não foi porque a prefeitura entrou em estado de emergência em Valença", disse. Uma carta aberta à comunidade foi produzida pelos trabalhadores para explicar o ocorrido e repudiar a conduta do Conselho Superior. Confira abaixo na íntegra. "No dia 03 de dezembro de 2013 nós, Comunidade do IF Baiano, passamos pelo processo democrático de votação no qual escolhemos os diretores dos campi e o nosso dirigente máximo, o Reitor Geovane Barbosa Nascimento e o Projeto de Gestão Por um Novo Tempo no IF Baiano. Foram aproximadamente 60% dos votos válidos a favor de uma gestão efetivamente participativa e democrática. Mais do que um número, essa votação expressa uma vontade coletiva por mudanças nesta Instituição que construímos dia a dia. Sabemos que o processo de consulta para escolha do Reitor foi regido pela Comissão Eleitoral Central, esta, eleita democraticamente entre os pares de cada segmento da comunidade e homologada pelo Conselho Superior. A Comissão conduziu a eleição de forma transparente e com autonomia de decisão sobre cada adversidade que ocorreu. Como em qualquer processo eleitoral, recursos foram interpostos na intenção de esclarecer a idoneidade do pleito. Todos foram analisados e devidamente julgados por quem tinha legalmente a competência para isto, a Comissão Eleitoral Central que, em atenção à expressão do voto da maioria significativa da Comunidade do IF Baiano, acatou o resultado das urnas: Geovane é o Nosso Reitor! Uma vez demonstrada nas urnas e validada pela Comissão Eleitoral Central a Vitória de Geovane, esperava-se pelo óbvio, a homologação da eleição pelo CONSUP, instância que deveria representar e respeitar os anseios da comunidade de forma democrática e justa. No entanto, o que ocorreu foi um desrespeito ao desejo da Comunidade do IF Baiano. O CONSUP feriu a competência da Comissão Eleitoral em decidir sobre os recursos e tomou para si a decisão sobre os resultados e os rumos que o IF Baiano tomará daqui para a frente. Um Golpe à democracia. Instaurou-se uma crise institucional, a ponto de desmembrar um processo que era único para eleger o Reitor e os diretores dos campi. Assim, temos Diretores de campi eleitos e homologados, mas a vitória do Projeto de Gestão Por um Novo Tempo no IF Baiano, legitimamente eleito pelo voto da Comunidade e legitimado pela Comissão Eleitoral Central, não foi considerada pelo CONSUP. O CONSUP contrariou o clamor das urnas: Geovane é o Nosso Reitor! E nós, Comunidade do IF Baiano que já elegemos democrática e expressivamente o Projeto de IF Baiano que queremos, aceitaremos mais esta afronta à nossa voz? É este o IF Baiano que queremos? Não nos calemos diante desta violência à soberania do nosso direito de escolha! Esse é o momento em que devemos nos levantar e mostrar a força que de fato temos para decidir o futuro do IF Baiano. O que queremos é que se faça valer nosso direito de sermos devidamente representados pelos nossos dirigentes e que tenhamos a segurança de estarmos no caminho certo, o do serviço público limpo e justo, em defesa de uma educação pública, gratuita e socialmente referenciada, que representa não apenas os servidores, mas a população que confia em nossas ações para construir uma sociedade melhor. Não estamos pedindo "CONSELHO", Nós construímos a nossa História!" Em Salvador há apenas a administração central do IF Baiano, mas existem campi espalhados em 10 cidades do interior. O IF Baiano foi criado em 2008 e concentra-se na interiorização de oportunidades de estudo em diversas modalidades, no intuito de fazer com que jovens profissionais se fixem em suas cidades, garantindo-lhes uma formação acadêmica sintonizada com as vocações da região.

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