O deputado federal Colbert Martins (PMDB) criticou o Programa Mais Médicos, falou sobre o Código de Mineração, a falta de investimento de recursos para minimizar os impactos da seca e sobre as eleições 2014, durante entrevista a Emmerson José e Alex Ferraz, no CBN Salvador 1ª Edição desta segunda-feira (23). Para o deputado, que também é médico, a forma como o Programa Mais Médicos está sendo conduzida é ruim e criticou a falta de uma plano de carreira para os profissionais. “A forma como está sendo feita é que discordamos. O médico não é mercadoria. Se o Brasil pode pagar R$ 10 mil a estrangeiros porque não paga a brasileiros? Por que não investe na carreira? Tenho 32 anos de medicina, fiz concurso público e do jeito que entrei vou sair, porque não tem estímulo. Nós devemos aceitá-los, mas isso não vai resolver a situação”, explicou Colbert. O deputado também criticou que cidades ricas, como Madre de Deus, tenham recebido médicos do programa e comparou com Pilão Arcado, que ainda tem residências sem banheiro. “São necessários mais médicos, mas dessa forma tem pouca eficiência e resultado”, disse o peemedebista. Eleições 2014A união das oposições voltou a ser defendida como meio para as eleições de 2014, aqui na Bahia. Para o deputado, o ciclo do PT está se fechando e o fator economia deve influenciar no resultado das urnas no próximo ano. “Não sei se o governo vai com mais de uma candidatura. É um ciclo que se fecha. Se a economia continuar como está deve influenciar. A Bahia está com dificuldade de pagamento. Parece que não está trazendo milho porque não pagou transporte. Vamos refletir com a oposição unida e seremos mais competitivos”, explicou o deputado. O nome de Geddel, para Colbert, é o melhor e mais preparado. No entanto, defende que a indicação vá pra frente se nas pesquisas o presidente do PMDB na Bahia estiver em uma boa colocação. “Geddel é o mais competitivo, se não for ele, pode ser outro. O que não podemos é entrar no divisão. Desses nomes [Paulo Souto, José Carlos Aleluia e João Gualberto], nesse momento, acho que o melhor é o de Geddel. Se o governo dividir e nós nos unirmos temos chances”, afirmou.
Seca A falta de investimentos em infraestrutura hídrica para minimizar os impactos da seca foram abordados por Martins e neste ano, ainda não houve liberação de verba. “Não estamos liberando recursos para a seca. Em 2012 41% foram investidos em infraestrutura hídrica com a seca. Em 2013 não teve liberação e não dá pra para liberar máquinas pesadas. Quantos rios foram perenizados? Vai ter outra seca? Vai. E precisamos de investimento. E aqui os investimentos foram insuficientes”, criticou. Código de mineraçãoUm debate sobre a mudança do código de mineração será realizado na próxima sexta-feira (27), às 8h30, na Assembleia Legislativa da Bahia. Para o deputado federal, que faz parte da Comissão que está mudando o código de mineração do Brasil, essa mudança é necessária para aperfeiçoar a mineração. “A Bahia é uma grande província mineral, além de ouro, ferro, urânio, vanádio, manganês e a discussão será para aperfeiçoar o código que é de 1967 e tornar mais competitivo. Hoje uma pessoa requer uma lavra e não tem responsabilidade ambiental. Vamos ouvir as pessoas. Queremos ter uma ideia semelhante a pesquisa de petróleo, como os royalties”, disse Martins.
Deputado federal pelo PMDB foi o entrevistado do CBN Salvador 1ª Edição |
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