Abril marca o início do período de inscrições nos editais para obtenção de bolsas de iniciação científica e tecnológica que são oferecidas por agências de fomento como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). A iniciação científica é o portão de acesso ao mundo da pesquisa e da investigação e tem como principal objetivo despertar vocações e incentivar novos talentos entre estudantes do ensino médio e da graduação. São três, os principais programas com editais abertos: o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, nas modalidades graduação (PIBIC) e ensino médio (PIBIC Jr) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), este último operado apenas pelo CNPq.
As bolsas são concedidas às Instituições de Ensino, através de um sistema de cotas institucionais e estas, mediante critérios estabelecidos pelas agências de fomento realizam o recrutamento e seleção dos bolsistas entre seus pesquisadores e alunos. Os estudantes tornam-se bolsistas a partir da indicação dos orientadores. Podem participar do Programa instituições públicas, comunitárias ou privadas, com ou sem curso de graduação, que efetivamente desenvolvem pesquisa e possuem infra-estrutura para tal fim. Quanto aos orientadores, devem ser pesquisadores com nível mínimo de mestrado, preferencialmente doutores, vinculados às IES cotistas e que possuam projetos de pesquisa em andamento. Para ser bolsista, é preciso que os candidatos estejam regularmente matriculados em cursos de graduação da IES cotista, nos casos do PIBIC e PIBITI ou no ensino médio da rede pública, no caso do PIBIC Jr. Também é exigido que o estudante tenha disponibilidade para se dedicar integralmente às atividades de pesquisa, ou seja, não pode ter vínculo empregatício durante o gozo da bolsa. Adicionalmente, em função da própria competição que se estabelece por essas vagas, os pesquisadores podem utilizar outros critérios de seleção dos candidatos indicados para concorrer ao processo, a exemplo da média acumulada do aluno ou do desempenho em alguma matéria ou área específica, se isso for relevante para a pesquisa que será desenvolvida.
As bolsas variam entre R$ 100,00 (PIBIC Jr.) e R$ 400,00 (PIBIC/PIBITI), duram 12 meses e, a depender do desempenho do bolsista, podem ser renovadas. São valores inferiores aos oferecidos pelas vagas de estágio em algumas áreas mas, definitivamente, a remuneração não é a recompensa que deve ser buscada pelos possíveis interessados nestes programas. A oportunidade de integrar um grupo de pesquisa, de aprender a pesquisar na prática e ver os resultados de seu esforço publicados e divulgados para toda a comunidade científica, é o que deve ser levado em consideração. A iniciação científica pode representar o ingresso para o mestrado e o doutorado, enfim, para a carreira acadêmica. Para aqueles que se candidatam e não são selecionados, ainda há a possibilidade de aderir à atividade voluntariamente. O voluntariado também é muito bem avaliado e serve como um diferencial para uma futura segunda candidatura. A disposição para fazer ciência sem receber nada em troca está no DNA do verdadeiro pesquisador. Se você se interessou por essas possibilidades e a ciência é o seu futuro, procure os editais da FAPESB e do CNPq no site de sua universidade. Há um mundo de descobertas aguardando por você. Pesquisador Requisitos: cursar graduação, e dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa. Condições de participação: procure, em sua área de interesse, um pesquisador que esteja disposto a integrá-lo em sua pesquisa e a orientá-lo. Leia as colunas anteriores: A balança dos empregos sempre muda Empregabilidade: Do que o mercado precisa?
Podem participar instituições públicas, comunitárias ou privadas, com ou sem curso de graduação |
"A remuneração não é a recompensa que deve ser buscada nestes programas" |
Profa. Dra. Carolina Spinola E-mail: [email protected] Consultora da Área de Negócios da ValoRH. Administradora, com mestrado em Administração e Doutorado em Geografia, com ênfase em Desenvolvimento Regional. Professora Universitária e Coordenadora de Curso de Pós-Graduação. |
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