Fonte: Jorge Magalhães
Os professores da rede municipal de Feira de Santana, a 100km de Salvador, decretaram greve por tempo indeterminado na manhã desta quinta-feira.
De acordo com o g1 Bahia, a categoria se reuniu na frente da Câmera de Vereadores e se deslocou até a sede da prefeitura da cidade. Os professores pretendiam negociar pautas, entre elas o reajuste salarial com o prefeito Colbert Martins.
Os professores afirmam que não foram atendidos pelo gestor e que houve violência por parte de guardas municipais. Segundo a categoria, uma professora precisou ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para um hospital por conta da emissão de gás pimenta.
"Nós saímos da Câmera de Vereadores com o apoio de todos os vereadores, viemos para tentar conversar, negociar com o prefeito. Quando chegamos aqui, fomos abordadas de forma violenta, agressiva e nós só estávamos querendo conversar", contou uma professora ao g1 Bahia.
"No momento que entramos, começaram a jogar spray de pimenta, alguns professores começaram a passar mal, eu consegui entrar. Ontem a noite tivemos uma reunião com a secretária, ela nos atendeu ficamos até 21h30 aproximadamente, mas infelizmente ela não atendeu nenhum requisito da categoria".
A Prefeitura de Feira de Santana informou em nota que foi surpreendida com a manifestação, na qual chamou de "político-partidária", com os professores ligados à APLB, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Torres, vestido com uma camisa de dois partidos, o vice-presidente da Câmara Municipal, Silvio Dias, o vereador Jonathas Monteiro, e outros da oposição.
Ainda segundo a prefeitura, os manifestantes estavam com os "ânimos exaltados e a Guarda Municipal agiu "dentro do necessário para exclusivamente defender o patrimônio público, até porque o prédio é tombado como patrimônio histórico e cultural".
Segundo a prefeitura, a categoria quebrou vidros, danificou portas e invadiu salas da Secretaria de Governo. Também foi informado, de acordo com a prefeitura, sobre uma tentativa de agressão a funcionários do local.
O órgão disse que funcionários tiveram que ser recolhidos no prédio, por estarem temerosos em serem agredidos ou sofreram algum tipo de ato de violência. Uma funcionário desmaiou e ambulâncias do Samu foram acionadas por servidores.
De acordo com a prefeitura, na noite da última quarta-feira (30), uma reunião de negociação ocorreu com a presença dos professores, onde foi garantida o pagamento do piso salarial nacional. No entanto, a categoria refuta a prefeitura e afirma não haver nenhuma proposta.
"A proposta não foi descrita, não estava documentada, ela relatou que a proposta do governo era repassar o reajuste linear para o funcionalismo público, ou seja, e a possibilidade de reajustar para os professores que estão na categoria A, na base A, só que não contempla todos os professores", afirmou uma professora.
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