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Importunação sexual

Professora baiana denuncia que homem se masturbou ao lado dela em voo

Vítima viajava de Dubai para São Paulo quando aconteceu a situação. Ela contou que chegou a ser desacreditada por comissário

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Redação iBahia

24/08/2023 às 22:05 - há XX semanas
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					Professora baiana denuncia que homem se masturbou ao lado dela em voo
Foto: Reprodução/Instagram

Uma professora baiana e mestra de capoeira da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) denuncia ter sido vítima de importunação sexual durante um voo entre Dubai, nos Emirados Árabes, e São Paulo. Segundo a vítima, um homem teria se masturbado na poltrona ao lado dela.

Nas redes sociais, Carolina Gusmão Magalhães, de 45 anos, detalhou o caso. A professora diz que o comissário de bordo e funcionário da companhia aérea Emirates não teria acreditado nela ao contar o que havia acontecido. O suspeito do crime não teve identidade revelada, mas Carolina afirmou ao g1 que ele é brasileiro.

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"Fui vítima em um voo da Emirates e comissário de bordo não acreditou em mim!!!”, disse Carol Magalhães no Instagram.

A situação ocorreu no dia 8 de agosto, mas foi registrada na Polícia Civil de São Paulo na segunda-feira (21), por meio da delegacia virtual. Apesar de ser baiana, o registro foi feito em outro estado porque foi onde aconteceu o desembarque dos passageiros. A vítima conta que só teve coragem de denunciar formalmente a situação após apoio de amigos.

Carolina, que é professora do curso de nutrição na UFRB e mestra da cultura popular, estava em um voo de conexão em Dubai porque voltava de uma missão oficial do lançamento de um livro de contos infantis no Japão. "Meu marido estava dormindo, eu vi a movimentação e o acordei. Depois fiz gestos e ele confirmou que o rapaz estava se masturbando. Tentamos manter a calma e fizemos a denúncia ao comissário", disse.

No momento em que a importunação teria ocorrido, as luzes da aeronave ainda estavam acesas e, conforme relatou, havia crianças próximas à poltrona do homem que Carolina denunciou.

A vítima reforçou que, além da falta de apoio dos funcionários da Emirates, em certos momentos eles estariam duvidando da denúncia. Em seguida, segundo Carolina, o responsável pela aeronave trocou o passageiro de lugar e pediu para que a professora se afastasse do homem caso o visse. Ela diz ainda que foi orientada a desviar o caminho ou olhar, caso encontrasse o homem durante as oito horas restantes de voo.

"Fiz reclamação ao comissário de bordo da empresa de transportes aéreos de um passageiro que estava se masturbando ao meu lado. O comissário de bordo colocou em dúvida o referido episódio, deu mais ênfase ao nervosismo do meu esposo diante do episódio", afirmou.

A professora alega que, após o desembarque, ainda tentou entrar em contato com a empresa para denunciar o crime sexual, e que registrou a reclamação no site, mas não obteve retorno. Ela ressaltou que quer retratação da companhia. "As empresas grandes precisam responder sobre os processos de trabalho", afirmou.

Mestre Brisa, como é conhecida nas rodas de capoeira da Bahia, onde dá aula há mais de 30 anos, afirma que busca reconhecimento com o caso para que outras mulheres não passem pelo mesmo trauma. "Meu maior objetivo com essa exposição é conseguir dar um exemplo as minhas filhas que estão crescendo nesse mundo", disse Carolina.

Para a reportagem, a Polícia Civil de São Paulo informou que a ocorrência foi encaminhada à Polícia Federal, que irá investigar o caso. Ainda não há detalhes sobre a autoria do crime.

Já a empresa Emirates alegou, em nota, que não recebeu nenhum pedido da passageira e nem de autoridade sobre o caso, mas se colocou à disposição para fornecer informação ou esclarecimento sobre a situação.

A companhia informou que "tem como prioridade a segurança e o bem-estar de seus passageiros". Além disso, afirmou que "os membros de sua tripulação são treinados para lidar com qualquer forma de comportamento inadequado a bordo".

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