A doleira Nelma Kodama, presa em abril deste ano, em Lisboa, capital de Portugal, durante uma operação da polícia brasileira contra o tráfico internacional, vai retornar ao Brasil para se apresentar à Justiça, de acordo com a defesa da suspeita.
Nelma, ex-esposa do doleiro Alberto Youssef, é suspeita de atuar como doleira para o narcotráfico e chegou a ser condenada na Operação Lava Jato.
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A previsão é que Nelma retorne ao Brasil na quinta-feira (20), de acordo o escritório Nelson Wilians Advogados (NWADV), que a representa.
Em junho, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) autorizou que Nelma Kodama fosse extraditada para o Brasil. A defesa de Nelma informou, no entanto, que ela renunciou à ontinuidade do processo de defesa contra a extradição, com a intenção de se apresentar e colaborar com a Justiça brasileira.
“Esse é um passo importante para a apuração e esclarecimento dos fatos”, disse ao g1 o advogado Santiago Andre Schunck, do NWADV. “Dessa forma, ficará mais fácil comprovar que ela não tem ligação com o tráfico internacional de drogas.”
Operação
A Operação Descobrimento foi iniciada na Bahia e cumpriu nove mandados de prisão no estado baiano, em São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco, além de dois mandados de prisão em Portugal.
No Brasil, também foram decretadas medidas de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias dos investigados. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa.
Quem é Nelma Kodama
Nelma é ex-esposa do doleiro Alberto Youssef e em outubro de 2014 foi condenada, em primeira instância, a 18 anos de prisão por corrupção, evasão de divisas e organização criminosa.
A doleira foi presa em março de 2014 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O Ministério Público Federal (MPF) informou à época que a doleira tentou fugir para Itália com 200 mil euros escondidos na calcinha ao saber que estaria sendo investigada pela Polícia Federal.
Em 2019, ela foi autorizada a retirar a tornozeleira eletrônica e foi solta. A autorização se deu com base no indulto natalino editado pelo ex-presidente Michel Temer em dezembro de 2017.
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Redação iBahia
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