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BAHIA

Polícia pede prisão preventiva dos envolvidos no caso da “Mulher-Ketchup”

Delegado Marconi Almino de Lima afirma que a prisão foi solicitada para servir de exemplo

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10/01/2012 às 18:13 • Atualizada em 11/09/2022 às 0:06 - há XX semanas
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O delegado Marconi Almino de Lima, titular da delegacia de Pindobaçu, na região centro norte da Bahia, concluiu o inquérito do caso da “Mulher-Ketchup”. Os três envolvidos foram indiciados e tiveram a prisão preventiva solicitada. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público na última sexta-feira (6). A dona de casa Erenildes Araújo, que ficou mundialmente conhecida como “Mulher-Ketchup”, e Carlos Roberto de Jesus, acusado de forjar a morte dela, foram indiciados por estelionato. Ao invés de executar o serviço, eles forjaram o assassinato e dividiram o dinheiro. Os dois podem pegar até cinco anos de reclusão. Já Maria Nilza Simões, que teria contratado Carlos por R$ 1 mil para matar Erenildes, pode ficar presa por até oito anos. No inquérito, ela foi indiciada por ‘denunciação caluniosa’ porque quando descobriu, em julho, que o crime não foi cometido, procurou a polícia de Pindobaçu para denunciar Carlos pelo roubo do dinheiro. De acordo com o delegado, a prisão preventiva dos envolvidos foi solicitada à Justiça para servir de exemplo: “A prisão foi solicitada pelo fato deles usarem desta armação e da denunciação caluniosa. É para servir de exemplo para os demais, para que outros não venham a fazer o mesmo e achar que vão ficar impunes. Mas a nossa Justiça baiana vai dar um chega a isso aí”. Carlos Roberto está preso em Senhor do Bonfim, onde cometeu um assalto. Erenildes, também conhecida como Lupita, e Maria Nilza continuam morando em Pindobaçu.
Faca entre o braço e o peito da mulher simulava o esfaqueamento
Morte forjadaA encomenda da morte de Lupita foi motivada por ciúme. O caso se tornou famoso porque o homem contratado para assassinar a dona de casa desistiu ao perceber que conhecia a vítima e apenas forjou o crime. Segundo as investigações, Maria Nilza, a mandante, tinha um caso com o companheiro de Lupita e foi isso que a levou a contratar Carlos para assassinar a rival. Carlos Roberto desistiu do crime ao perceber que o alvo era sua amiga de infância Lupita. Para ficar com o dinheiro do crime, ele usou ketchup e uma faca para compor uma foto e provar que Lupita estava mesmo morta. A farsa foi descoberta quando Maria Nilza viu a Mulher-Ketchup e Carlos juntos em uma feira da cidade e decidiu denunciá-lo. Revoltada, ela resolveu dar queixa na delegacia alegando que R$ 1 mil foram roubado por Carlos Roberto. Em depoimento, ele acabou revelando o trato firmado com Maria Nilza. A história tão inusitada ganhou os destaques do noticiário nacional e estrangeiro. A Mulher-Ketchup despontou para o mundo e também virou manchete em publicações na Inglaterra, EUA, Espanha, Itália, Argentina, Peru, Bolívia, Chile, Venezuela, Rússia, Nigéria, Turquia, Suécia, Grécia, Cazaquistão e até no Azerbaijão.
Jornal britânico The Guardian publicou matéria sobre a Mulher-Ketchup

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