A Operação Mandacaru I, realizada pelo Ibama na Bahia, foi finalizada nesta semana com 3.380 hectares de área desmatada embargados. O total equivale a 3.300 campos de futebol.
A operação percorreu os municípios Santana, São Félix do Coribe, Sítio do Mato, Coribe, Carinhanha, Serra do Ramalho e Santa Maria da Vitória, todos integrantes da Bacia do São Francisco com o objetivo de combater o desmatamento ilegal da caatinga.
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Os proprietários das áreas atingidas foram identificados e receberam multas que ultrapassam R$5.800.000. Eles vão responder na justiça por crime ambiental e deverão, obrigatoriamente, recuperar as áreas degradas.
De acordo com os agentes ambientais federais que participaram da operação, o desmatamento foi realizado para ampliação de atividades agropecuárias, em especial a criação de gado, mas sem a licença dos órgãos ambientais.
A intervenção irregular na caatinga empobrece o solo, assoreando os rios e eliminando o hábitat de diversos animais silvestres. Outro grande problema é o desmatamento irregular, que causa aumento dos níveis de g[as carbônico na atmosfera e amplia o processo de aquecimento global e mudanças climáticas.
Para a superintendente em exercício do Ibama na Bahia, a bióloga Lívia Martins, é um equívoco achar que o desmatamento é necessário para aumentar a produção agrícola e pecuária.
“Já existem áreas abertas o suficiente para produzir. Além do mais, o descontrole no desmatamento provoca danos que vão acabar diminuindo a capacidade de
produção e prejudicar, especialmente os pequenos agricultores, que dependem diretamente de um ambiente equilibrado para produzir”.
De acordo com a superintendente, as operações deverão prosseguir neste ano
Redação iBahia
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