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BAHIA

OAB se oferece para intermediar negociações com PMs em greve na Bahia

"A situação é tensa, de muita intranquilidade e de consequências imprevisíveis”, afirmou o presidente do órgão

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06/02/2012 às 17:29 • Atualizada em 28/08/2022 às 5:50 - há XX semanas
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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou na tarde desta segunda-feira (6) que se coloca à disposição para intermediar as negociações entre o governo e a greve parcial da Polícia Militar da Bahia e tentar encerrar o movimento grevista, que já dura sete dias. "A situação é tensa, de muita intranquilidade e de consequências imprevisíveis. As duas partes precisam entender que é hora de cada um ceder no que for necessário para restaurar a segurança e a ordem na Bahia”, afirmou o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante. O presidente da Seccional da OAB baiana, Saul Quadros, telefonou para Ophir e relatou o clima de preocupação reinante na população diante da falta de segurança nas ruas. "A situação é grave tanto na capital como no interior", disse Saul, que divulgou nota conclamando o comando da greve e o governo a saírem do impasse. Condições de trabalho dos policiaisSegundo Ophir, a greve dos PMs baianos, às vésperas do carnaval e no momento em que a cidade recebe grande número de turistas, precisa ser encarada pelas autoridades não apenas pelos seus reflexos no comércio e na imagem do País no exterior, mas principalmente como um alerta diante do quadro geral das condições de trabalho dos policiais. "Precisamos de uma polícia bem aparelhada, bem preparada e em condições de prover uma efetiva segurança aos cidadãos; ao mesmo tempo, devem os policiais atentar para o papel que desempenham como guardiões da ordem pública, não permitindo que um movimento reivindicatório se seja motivo para se instaurar o caos. Vidas de pessoas inocentes estão em jogo", afirmou. De acordo com Ophir, a qualquer momento, caso assim desejem o comando de greve e o governo do Estado, a OAB estará preparada para intermediar as negociações entre as partes. Início da paralisaçãoEm uma assembleia realizada na tarde da última terça-feira (31), os policiais militares ligados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Os policiais reivindicam o cumprimento da lei 7.145 de 1997, com pagamento imediato da GAP V, incorporação da GAP V ao soldo, regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade, cumprimento da lei da anistia e a criação do código de ética, além da criação de uma comissão para discutir um plano de carreira para a categoria. Assembleia cercadaCerca de 600 homens do Exército e 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) cercam a Assembleia Legislativa desde a manhã desta segunda-feira (6) para cumprir os 11 mandados de prisão contra policiais e bombeiros que estão acampados no prédio. Um policial militar foi baleado no confronto. Soldados do Exército instalaram uma grade em uma operação de isolamento, como é chamada a manobra. Os policiais grevistas se colocaram em frente à rampa de entrada do prédio da Assembleia. Mulheres e crianças, familiares dos PMs grevistas, fazem um cordão de isolamento em torno do prédio. Um helicóptero do Exército sobrevoa o prédio da Assembleia. Em entrevista à TV Bahia, o oficial de Comunicação do Exército, tenente Cunha, o Exército disse que irá cumprir os 11 mandados de prisão. 'Nosso objetivo é fazer o isolamento para trazer o pleno funcionamento do prédio da Assembleia Legislativa. Cabe à SSP definir como será feito. [quando perguntado se invasão do prédio da Assembleia será feito de forma pacífica]', disse.

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