Número de domésticas com carteira assinada cresce na RMS

A participação dos serviços domésticos no total da ocupação na Região Metropolitana de Salvador (RMS) no ano passado era de 8,1%. As mulheres representavam 96,5% do segmento, cerca de 119 mil trabalhadoras em um total de 123 mil pessoas, incluindo mensalistas com ou sem carteira de trabalho assinada e diaristas. Os dados são do estudo 'O Emprego Doméstico na RMS'. O estudo é baseado nos dados de 1997 a 2013 da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMS), parceria da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan) com o Dieese. Entre os dados divulgados em coletiva realizada nesta quinta-feira (24), destaca-se que o número de empregadas domésticas com carteira assinada cresceu no ano passado, enquanto houve redução do número de trabalhadoras sem carteira de trabalho e, em maior proporção, o de diaristas. O número de trabalhadoras com carteira de trabalho assinada aumentou 67,3% entre 1997 e 2013, enquanto houve redução de 28,7% do contingente sem carteira assinada. O percentual de formalização entre as trabalhadoras domésticas passou de 26,1% em 1997, para 35,2% em 2012 e 39,6% no ano passado. De acordo com os responsáveis pelo estudo, não é possível distinguir com precisão os impactos da aprovação da Emenda Constitucional n° 72, de 2 de abril de 2013, que amplia os direitos dos empregados domésticos e os decorrentes da conjuntura econômica ou de políticas específicas que também afetam o segmento. Entretanto, os dados ajudam a entender o formato que está se delineando para esta ocupação no mercado de trabalho regional, considerando ainda que a RMS se destaca entre seis regiões pesquisadas no país com o maior percentual (16,9%) de trabalhadores ocupados neste setor, de acordo com informações da assessoria de comunicação da SEI. *Com informações da assessoria de comunicação da SEI