Trechos da BR-101 no extremo sul e no sudoeste da Bahia foram fechados por mais de 1h na manhã desta segunda-feira (22) por cerca de 500 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST). Os pontos de bloqueio foram nas cidades de Teixeira de Freitas, Itamaraju e Itabela.
A ação ocorreu, de acordo com o grupo, em solidariedade ao povo indígena Patoxó Há-Há-Háe, atacado por um grupo de ruralistas neste domingo (21).
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O ataque culminou na morte da indígena Maria de Fátima Muniz de Andrade e na tentativa de homicídio contra o cacique Nailton Muniz Pataxó. Dois fazendeiros foram presos. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) também intensificou a presença de equipes especializadas da Polícia Militar e Civil na região de Potiraguá, no sudoeste do estado.
“O MST na Bahia repudia a ação violenta do grupo de fazendeiros milicianos, ao tempo que exige do Estado uma investigação célere sobre esse grupo de milicianos que estão praticando diversas ações criminosas na Bahia, atuando como se fosse um estado paralelo e agindo por cima da lei”, diz o movimento em nota.
“Quem são os líderes? Tem parlamentares por trás dessa organização criminosa? Qual a participação destes no ato antidemocrático do dia 8 de janeiro? Qual a relação desse grupo com a morte de 7 indígenas Pataxó e vários trabalhadores rurais nos últimos dois anos na Bahia?”, questiona.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, visitará a região nesta segunda.
Mari Leal
Mari Leal
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