O líder religioso Claudimilson Ferreira Rodrigues, conhecimento “Pai Café”, foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) na segunda-feira (4), em Barra, no oeste da Bahia, pelos crimes de estupro de vulnerável contra uma vítima e violência sexual mediante fraude contra ela e outras quatro vítimas.
Mônica Barbosa dos Santos, a ajudante do líder religioso, também foi denunciada por auxiliar a persuadir as vítimas. Segundo o promotor de Justiça Romeu Coelho Filho, autor da denúncia, Claudimilson, com o auxílio de Mônica, “prevalecendo-se da sua condição superior hierárquico de líder religioso, passou a utilizar da religião para aplicar fraudes sexuais em adolescentes e mulheres que frequentavam a instituição religiosa”.
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O promotor pede à Justiça que seja mantida a prisão preventiva dos dois denunciados, que já estão detidos. De acordo com a denúncia, o líder religioso utilizava os trabalhos espirituais como pretexto para cometer crimes sexuais.
Entre 2017 e 2022, Claudimilson praticou os delitos contra cinco vítimas, sendo uma delas menor de 14 anos à época. O promotor aponta, ainda, que Mônica Barbosa dos Santos, que se intitulava como “âncora” ou “mãe pequena”, tinha conhecimento sobre os abusos sexuais cometidos pelo líder religioso e o auxiliava a “ludibriar as vítimas com as promessas espirituais e ameaças sobrenaturais”.
O caso
Claudimilson foi preso no dia 24 de maio suspeito de estuprar mais de 30 adolescentes na cidade de Barra, no oeste da Bahia. De acordo com a Polícia Civil, ele se passava por líder religioso e fingia realizar rituais com as vítimas para cometer os crimes.
As vítimas tinham idades entre 12 e 18 anos, e eram obrigadas a vendar os olhos durante os abusos. O homem agia na cidade há cerca de 4 anos. Ele teve mandado de prisão cumprido após investigações sobre os crimes.
No dia 27 de junho, a ajudante de Claudimilson foi presa. Ela já tinha um mandado de prisão preventiva em aberto. A casa usada para cometer os crimes fica em um local pouco movimentado e afastado da cidade. O homem foi ouvido na delegacia de Barra.
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Redação iBahia
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