
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) deflagrou, nesta terça-feira (20), uma operação para investigar um esquema de "rachadinha" na Câmara de Vereadores de Itabuna, cidade do sul da Bahia.
A operação, intitulada "Partilha", cumpre mandado de busca e apreensão no endereço residencial do vereador Dando Leone (PDT), afastado das funções pela Justiça por prazo inicial de 180 dias.
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O mandado de busca e afastamento do vereador foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Itabuna. Dando Leone está proibido de comparecer às instalações da Câmara, assim como não pode manter contato com qualquer testemunha durante as investigações da ação penal.
A TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia, tentou contato com o vereador, mas não conseguiu até a última atualização desta reportagem.
Ao g1, o PDT de Itabuna, presidido por Edmilson Silva, informou que acompanha com atenção o desenrolar das investigações. Além disso, ressaltou que não "coaduna com irregularidades eventualmente cometidas por quaisquer de seus membros", mas que aguarda o resultado das apuração para garantir o "amplo direito de defesa" ao vereador antes de tomar alguma atitude.
O PDT também destacou, que embora as denúncias envolvendo o vereado não tenham relação direta com o partido, está à disposição das autoridades policiais, do Ministério Público e da Justiça.
Segundo o g1, as investigações indicam que, desde o início do mandato, o parlamentar nomeou servidores comissionados na Casa Legislativa Municipal e indicou servidor para ocupar cargo temporário na Prefeitura de Itabuna, exigindo repasse de partes das remunerações recebidas.
O Ministério Público da Bahia apurou que a prática delitiva era reiterada e com a participação de outros agentes, indicando, inicialmente, a prática do crime de concussão.
A operação foi deflagrada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da 3ª Promotoria de Justiça local, com apoio das equipes do Gaeco Sul e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Redação iBahia
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