Inconformados com a morte de Felipe Farias Conceição, de 11 anos, que morreu atropelado na noite deste sábado (1) na BR-528, os moradores da região iniciam um novo dia de protestos no local, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE). A manifestação começou por volta das 5 desta segunda-feira (3), e o tráfego de veículos foi interrompido na altura do km8, nas proximidades da subestação de Paripe. Duas viaturas da PRE estão no local para monitorar a situação. A interrupção do trânsito do local causa engarrafamento nos dois sentidos da rodovia. Ainda de acordo com a PRE, 11 acidentes de trânsito com 14 pessoas feridas e 3 vítimas fatais foram registrados nas últimas 24 horas. AtropeloO carrinho de controle remoto recém-comprado nas mãos do estudante Felipe Farias Conceição, de 11 anos, demonstrava a determinação do garoto que vendia jujuba em ônibus para alcançar seus objetivos. Mas, os sonhos de Felipe, há 21 dias de completar 12 anos, foram atropelados e tiveram fim na BA-528 (Estrada da Base Naval), perto do viaduto de Paripe. Na noite de sábado, o garoto desceu de um micro-ônibus que, segundo testemunhas, parou um pouco afastado do ponto. Quando deixou o coletivo, Felipe foi atingido por uma motocicleta. O impacto arremessou o garoto para baixo do micro-ônibus no momento em que o motorista arrastava o veículo, que fez com que o menino fosse esmagado. Após o acidente, o motociclista fugiu do local. Já o motorista do micro-ônibus, André Luiz Santana, se apresentou na madrugada após o acidente e levou como testemunha a cobradora do veículo, Mônica Silva de Jesus, segundo informações da 5ª Delegacia de Polícia, em Periperi. Os dois são vinculados à cooperativa Coopstec. Na delegacia, o motorista relatou que, no momento em que saía do ponto de ônibus, ouviu um ruído e depois viu uma motocicleta saindo do local. Ele contou que logo em seguida percebeu um tombo no micro-ônibus e ouviu populares gritando e percebeu que tinha atropelado uma criança. Ele responderá pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Procurado pelo CORREIO, o motorista do micro-ônibus não quis fazer comentários sobre o acidente. “Não tenho condições de falar sobre isso”, disse André Luiz, que prestará depoimento amanhã na 5ª Delegacia de Polícia. Na sábado, Felipe havia saído de casa para comprar uma sandália com o dinheiro conseguido na venda de jujubas e no trabalho com um primo num lava-jato. Mas o desejo infantil foi mais forte e o estudante da 3ª série do ensino fundamental terminou optando pelo carrinho de controle remoto que estava em sua mão na hora do acidente. “Ele gostava de jogar bola e capoeira. Era muito inteligente e estudioso. Estava juntando dinheiro para ir a um acampamento em novembro com jovens da Igreja Adventista”, contou Jorlan Paulo Pereira, primo da vítima. O corpo de Felipe foi enterrado na tarde de ontem, no Cemitério de Paripe.
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