Um menino de 9 anos foi assassinado em Barra do Pojuca, distrito de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Guilherme Santos Silva acabou atingido por um tiro na cabeça, pouco depois de, junto com o padrasto, entrar em um sítio para pegar jaca na localidade de Cachoeirinha, no final de tarde desta terça-feira (22).
Parentes de Guilherme acreditam que o menino foi morto por engano. O alvo seria um rapaz, conhecido como Neném, que tomava conta do sítio. Neném havia sido jurado de morte por bandidos da região e, segundo familiares do garoto, não estava no imóvel quando o menino foi baleado.
Até o momento, não há pistas da autoria e motivação do crime, investigado pela delegada Ayamara Vacanni, titular da 33ª Delegacia (Monte Gordo). O corpo de Guilherme permanece no Instituto Médico Legal (IML) de Salvador
Jaca
O crime aconteceu por volta das 17h40. Segundo o tio de Guilherme, o supervisor de alimentos e bebidas Luís Gifoni, 30 anos, o sobrinho e o padrasto, Charles de Jesus Santos, 27, foram como de costume, a um sítio próximo à casa de Guilherme. “Eles foram pegar frutas. Sempre faziam isso”, contou Luís.
Quando chegaram ao local encontraram a porta da casa aberta. Charles avisou para Guilherme não entrar. “Ele disse para meu sobrinho ‘Não entre, porque se sumir alguma coisa vão dizer que foi a gente’. Mas, Guilherme era muito amigo de Neném, andavam juntos de cavalo, e meu sobrinho disse que ia entrar para dar um susto no amigo”, relatou Luís.
De acordo com o tio da vítima, Charles retirava jacas do pé quando escutou um estrondo e, em seguida, correu para dentro da casa. “Foi quando ele encontrou Guilherme caído no corredor da casa, entre a sala e a cozinha. Ele ficou desesperado, tentou reanimar, mas Guilherme já estava morto”, disse o tio.
Ainda segundo ele, Charles ainda viu o possível autor do disparo. “Ele contou que viu um vulto passando rapidamente e, quando foi atrás, viu um homem pulando uma cerca e correndo em seguida”, contou o tio.
Ameaça
Até instantes antes do crime, Neném não foi visto no sítio. “Acreditamos que ele possa ter percebido algo e saído antes de eles (bandidos) chegarem, porque sempre que chegavam ao sítio, Guilherme e Charles eram recebidos por Neném”, contou Luís.
Há cerca de um mês, Neném foi ameaçado por bandidos da região. Isso porque ele teria informado o paradeiro dos criminosos da área a um grupo rival. “Essa semana, ele já tinha comentado que ia deixar o sítio porque os bandidos começaram a rondar o sítio”, disse Luís.
Guilherme era o caçula dos dois filhos da dona de casa Olga Rodrigues dos Santos – ele tinha uma irmã de 16 anos.
Em nota, a Polícia Militar informou que na noite desta terça-feira (22), policiais militares da 59ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) foram acionados pelo Centro Integrado de Comunicações (Cicom) da Secretaria da Segurança Pública após informações de uma criança vítima de disparo de arma de fogo na zona rural de Barra de Pojuca.
A equipe da PM encontrou Guilherme ferido por arma de fogo já sem vida. A área do crime foi isolada e o Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc) acionado para a remoção do corpo.
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Redação iBahia
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