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Jovem morto em Campinas de Brotas era 'trabalhador modelo'

Colegas de trabalho foram ao sepultamento de Marcelo Souza para prestar as últimas homenagens

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17/03/2016 às 16:34 • Atualizada em 28/08/2022 às 8:28 - há XX semanas
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Um trabalhador comprometido e um homem honesto. Este é o perfil do mecânico Marcelo Araújo Melo Souza, 20 anos, descrito pela gerente da oficina de veículos onde ele trabalhava. O jovem foi assassinado junto com a mãe durante atentado na noite de terça-feira (15), em Campinas de Brotas.Segundo a gerente Marília Gama, Marcelo estava trabalhando havia seis meses na oficina e era considerado um funcionário modelo. "Ele nunca faltou ao serviço, nem chegava atrasado. A gente gostava muito dele porque era um rapaz comprometido e bastante dedicado", contou Marília durante o enterro de Marcelo no cemitério Municipal de Brotas, na manhã desta quinta-feira (17).
Amigos e vizinhos de Marcelo e Ana Lúcia vão ao cemitério prestar a última homenagem as vítimas(Foto: Gil Santos/CORREIO)
Além da gerente, colegas de trabalho do mecânico também compareceram para prestar as últimas homenagens. Os funcionários contaram que estavam organizando um chá de fraldas desde que souberam que a esposa de Marcelo estava grávida. Segundo vizinhos, a mulher de Marcelo está grávida de nove meses - ela acompanhou o enterro na manhã desta quinta-feira, mas não quis falar com jornalistas."Ele fazia o polimento dos veículos e fazia um trabalho bem feito, nenhum carro dele voltava com reclamação. Nunca verificamos nada que desabonasse a conduta dele, pelo contrário, às vezes ele comprava comida no comércio que funciona no entorno da empresa e quando recebia o salário pagava as contas direitinho. Nunca recebemos reclamação ou queixa. Era um bom menino", disse Marília.Amigos e vizinhos de Marcelo fizeram um protesto no início da tarde pedindo por justiça, paz e cobrando mais segurança das autoridades. Duas faixas da Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô), sentido BR-324, foram interditadas durante a manifestação - que já havia sido encerrada por volta das 15h.

Moradores de Campinas de Brotas obstruem duas faixas da Bonocô no sentido Dique para a BR-324
(Foto: Gil Santos/ CORREIO)

Crime O corpo de Marcelo foi enterrado ao lado do da mãe dele, a lavadeira Ana Araújo Melo Souza, 45. Mãe e filho foram mortos depois de ter a casa invadida por dois homens armados. Segundo testemunhas, cerca de outros dez homens deram cobertura ao crime.Os bandidos atiraram contra moradores que estavam sentados na porta da casa de Marcelo. O tio do rapaz, o pedreiro Genício Silva de Araújo, 51, estava no grupo e correu para dentro da casa onde morava com o mecânico. Ainda segundo testemunhas, Marcelo estava dormindo, mas acordou com o barulho dos tiros e os gritos dos moradores. Ele e a mãe foram baleados depois que os bandidos seguiram o pedreiro e atiraram contra a casa. Mesmo baleado, Marcelo foi arrastado para fora de casa e baleado outras vezes. Os bandidos fugiram depois de atirar a esmo por mais um tempo. Ferido, Marcelo voltou para casa, encontrou o corpo da mãe no chão da sala, caminhou até a cozinha e morreu.

Região onde aconteceu o crime está sob domínio da facção Bonde do Maluco, segundo moradores
(Foto: Gil Santos/ CORREIO)

O tio Genício foi baleado na perna direita e socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi atendido e liberado. Ele disse aos investigadores do posto policial da unidade que o alvo dos criminosos talvez fosse um outro sobrinho dele, de nome Bruno. Moradores refutaram essa informação e disseram que o crime foi provocado por conflitos entres grupos de tráfico rivais."Eles são da facção Comando da Paz, que comanda em Cosme de Farias, e são rivais do Bonde do Maluco, que é a facção que comanda por aqui. Eles atravessam a passarela da Bonocô e vem confrontar os rivais. Só que desta vez eles atiraram em trabalhadores", contou um morador um dia depois do crime.O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). *Com informações de Gil Santos
Correio24horas

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