Um indígena foi baleado nas costas em uma propriedade rural ocupada em Barra Velha, na cidade de Porto Seguro, no extremo Sul da Bahia. Caso aconteceu na terça-feira (30), um dia depois que os indígenas da etnia Pataxó chegaram ao local. Não há detalhes sobre o estado de saúde da vítima.
Segundo o g1, os indígenas informaram à PM que um grupo de homens chegou ao local atirando contra eles. Até o momento, nenhum homem foi preso. Além do homem atingido, um outro indígena desapareceu. Buscas foram feitas e ele foi encontrado na quarta-feira (31) à noite, escondido em uma região de mata.
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Os tiros aconteceram na mesma noite em que o Projeto de lei 490, ou o marco temporal das terras indígenas, foi votado na Câmara de Deputados em Brasília. Na mesma terça, indígenas realizaram uma manifestação em protesto contra a PL em uma rodovia de Ilhéus.
Segundo informações da TV Santa Cruz, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) está acompanhando a situação e pontua que depoimentos sobre o caso estão sendo feitos na delegacia da cidade de Itamaraju.
Ainda segundo o g1, a ocorrência foi registrada nas polícias Civil e Federal e segue sendo investigado. A coordenação do Movimento Indígena da Bahia encaminhou uma carta com um pedido de ajuda ao Ministro da Justiça, Flávio Dino, na quarta-feira (31). Além disso, o Movimento também pediu uma audiência com o ministro, com o objetivo de discutir a segurança do território junto a uma comitiva de lideranças indígenas.
Outros casos
O Moimento Indígena da Bahia informou que quatro indígenas foram assassinados em Barra Velha em 2023. A região tem sofrido com disputas entre indígenas e fazendeiros há anos e, em 2022, uma força tarefa da Secretaria de Segurança Pública foi instaurada para tentar manter a segurança.
Em 2022, seis indígenas foram mortos no sul e extremo sul da Bahia. Destes, dois aconteceram em Porto Seguro, na localidade de Ponto Grande e na Aldeia Novos Geurreiros.
À época, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, chegou a criar um gabinete de crise para acompanhar conflitos na Bahia.
Redação iBahia
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