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Guarda municipal de Feira de Santana volta a agredir professores

Na noite de quinta (31), a categoria também foi agredida. Os professores estão greve por tempo indeterminado

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Redação iBahia

01/04/2022 às 12:50 • Atualizada em 31/08/2022 às 3:21 - há XX semanas
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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os professores municipais de Feira de Santana, cidade localizada a 100 km de Salvador, voltaram a ser agredidos nesta sexta-feira (1º) por agentes da guarda civil municipal da cidade. De acordo com informações do G1 Bahia, imagens divulgadas nas redes sociais mostram os agentes utilizando cacetetes, escudos dentro da prefeitura.

Na noite de quinta-feira (31), a categoria decretou greve por tempo indeterminado e foram expulsos pelos agentes, que utilizaram extintores. Eles reivindicam reajustes salariais, pagamento integral do salário, licença prêmio, melhores condições de trabalho, mais contratação de professores e merenda escolar.

A ação não foi a primeira registrada durante a quinta. Um outro vídeo divulgado mostra os guardas municipais utilizando spray de pimenta para evitar que professores e vereadores entrassem no local. Os professores se reuniram na frente da Câmara de Vereadores e se deslocaram até a sede da prefeitura da cidade, com o desejo de negociar as pautas com o prefeito Colbert Martins. Os professores contam que não foram atendidos pelo gestor.

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Posicionamento da PrefeituraDe acordo com a prefeitura de Feira de Santana, as atividades foram suspensas nesta sexta-feira e o local foi interditado para perícia, porque portas foram quebradas e estilhaços de vidro ficaram espalhados por toda a parte.Na quinta, o prefeito da cidade Colbert Martins informou que a gestão municipal tem dialogado com os professores através da Secretaria de Educação e analisado as pautas e demandas da categoria. "Na noite de ontem, dia 30, houve uma reunião onde mais uma vez mantemos o compromisso de pagar o piso nacional desses professores, conforme recomenda a legislação", disse o prefeito.Ainda de acordo com Colbert Martins, nenhum professor da rede municipal de ensino vai receber menos que o piso salarial pago pelo dinheiro do Fundeb."A greve é sempre um instrumento legal da classe trabalhadora, mas entendemos que esse é um mecanismo que só deve ser utilizado quando não existe um diálogo e a busca pelo entendimento. Esta não é a realidade em Feira, onde estamos em busca da solução", afirmou.
Foto: Reprodução/TV Bahia

Sobre os vídeos que mostram agressões de guardas municipais, Colbert Martins informou que não compactua com a violência e afirmou ainda que as imagens criaram "um clima de terror e caos", que não faz parte da maneira que a prefeitura conduz o processo.

Colbert afirmou ainda que os casos representam situações isoladas, que a gestão municipal combate "veementemente".

Prejuízos
A prefeitura informou que a invasão dos professores causou danos ao patrimônio público e impedimento à realização de serviços essenciais à população. De acordo com a prefeitura, a Secretaria de Governo, que teve a porta principal quebrada e os estilhaços de vidro. As redes elétrica e de internet também sofreram danos que comprometeram a publicação prevista para sexta-feira (1º), do Diário Oficial Eletrônico.



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