O governo baiano propôs hoje que as empresas adotem dez medidas no intuito de combater o mosquito Aedes aegypit, responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya. Entre as medidas sugeridas estão colocar as campanhas nos contracheques e fundo de tela do computador, estimular os funcionários a baixar o aplicativo Caça Mosquito e denunciar focos encontrados, realizar mutirão para encontrar focos na empresa e nos arredores, entrar em contato com entidades de classe para mobilização em eventos, enviar material descartável para reciclagem, a fim de não acumular lixo. A proposta foi feita durante encontro do governador Rui Costa com empresários baianos, na manhã desta terça-feira (23), no auditório do Senai/Cimatec, em Salvador. “A Coelba está envolvida na campanha contra o mosquito e agora vai se associar à campanha do Estado. Cerca de 15 mil funcionários participarão da campanha, levando o conhecimento para suas casas e suas famílias", disse José Roberto Bezerra de Menezes, presidente da Coelba, durante o evento promovido pelo Governo do Estado. Rui disse que saiu entusiasmado do encontro. “Os empresários saíram com o compromisso de mobilizar suas empresas a favor da saúde e contra o mosquito. Cada um pode criar uma fórmula original, o que interessa é que as pessoas possam ser surpreendidas em um bar, restaurante, loja, para que a Bahia possa se livrar do mosquito e os bebês nasçam com saúde”. Rui também destacou o investimento em tecnologias. “Na Moscamed, em Juazeiro, estamos produzindo um mosquito transgênico que vai reduzir a população do Aedes”. O governador avalia que uma das principais parcerias foi firmada com a Coelba. “São cinco milhões de residências com contratos. Os funcionários da Coelba fazem a leitura nas casas de cada pessoa da Bahia inteira, e poderão indicar os locais com potencial foco do mosquito. Eles vão registrar nos aparelhos, que são geoprocessados, e a informação vai diretamente para o poder público, facilitando o trabalho e aumentando a taxa de acerto das equipes de saúde. Nós vamos determinar que a Embasa faça a mesma coisa”. O presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, disse que esse é um problema de toda a sociedade e que precisa ser encarado pelas consequências imediatas e para as gerações futuras. “O dia 5 de março foi escolhido como o Dia da Indústria Contra o Mosquito. A mobilização será feita dentro de todo o sistema, com ações em 500 empresas na Bahia, que terão os funcionários, escolas, professores e estudantes treinados. Vamos formar cerca de 31 mil agentes multiplicadores dos conceitos de combate ao mosquito". Para isso serão cerca de quatro horas aula para atingir um universo além da indústria, chegando às casas dos colaboradores, dos estudantes. Eles pretendem ainda usar o entretenimento para difundir a mensagem de prevenção, através da montagem de 34 peças teatrais para que o tema seja entendido.
Carlos Andrade, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio), disse que a instituição elogia a iniciativa do governador, de não só fazer a propaganda, mas também convocar as entidades empresariais para que façam parte da iniciativa.“Hoje a federação do comércio tem 85 % das lojas comerciais e 92% dos empregados filiados. Vamos fazer um trabalho amplo, com campanha de conscientização em todas as notas. Será um trabalho muito proveitoso junto com as outras entidades e com a população”.Nesta quarta-feira (24), às 9h30, o encontro será com os movimentos sociais e lideranças religiosas, na Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). “Eu entendo quem faz um Estado uma nação é o seu povo. Por isso, acho essa reunião importante para que possamos mobilizar diversos seguimentos da sociedade com milhares de baianos", enfatizou Rui.Principais ações sugeridas pelo Estado:1 - Entrar em contato com a Secretaria de Saúde do Estado pelo [email protected] para solicitar palestras de técnicos para seus funcionários.2 - Colocar as campanhas nos contracheques e fundo de tela do computador. 3 - Estimular os funcionários a baixar o aplicativo Caça Mosquito e denunciar focos encontrados.4 - Realizar mutirão para encontrar focos na empresa e nos arredores.5 - Entrar em contato com entidades de classe para mobilização em eventos.6 - Enviar material descartável para reciclagem, a fim de não acumular lixo.7 - Incluir o combate aos criadouros do Aedes aegypti nas políticas de saúde e segurança ocupacional.8 - Nomear um funcionário responsável por estabelecer um plano com metas e acompanhar as ações.9 - Disponibilizar pessoas para serem treinadas para aplicar inseticida na empresa, que deverá comprar a máquina, o aplicador e o Estado proporcionará o treinamento e o fornecimento do inseticida.10 - Realizar campanhas de combate ao mosquito que envolvam as famílias dos funcionários
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