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Júlia é filha de um vereador da cidade de Lapão |
A filha adotiva da mulher acusada de matar Júlia Lima Rodrigues de Souza, 8 anos em Lapão, a 478 quilômetros de Salvador, está sob os cuidados da irmã paterna. Segundo informações de Henrique Moraes, delegado-coordenador da cidade de Irecê, a menina, de 9 anos, foi levada pelos policiais na noite desta segunda-feira (05) para a casa da irmã mais velha até a chegada do pai, que está fora da cidade. Ainda segundo o delegado-coordenador, a acusada Maria Fátima dos Santos, 48 anos, foi transferida para a carceragem de uma delegacia da região. Henrique Moraes não informou o nome da cidade onde Maria foi encaminhada. A mulher confessou o crime na noite de ontem. O corpo de Júlia, que estava desaparecida havia quatro dias, foi encontrado em uma fossa no início da tarde. A garota era filha do vereador Getúlio Silva. Segundo informações de agentes da delegacia de Lapão, Maria Fátima dos Santos, 48 anos, dona da propriedade onde o corpo foi localizado, assumiu, em um segundo depoimento à polícia, que atraiu a criança para sua casa e depois a dopou com um brigadeiro contendo tranquilizante. Maria de Fátima ainda não explicou à polícia o motivo do crime e vai ser indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo Getúlio Silva, pai da menina, o corpo da menina foi encontrado em avançado estado de decomposição, foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica e depois encaminhado para o cemitério. "Estavamos procurando ela por toda parte e ela estava aqui, do nosso lado. Tivemos que enterrar às pressas", lamenta o pai. Júlia foi enterrada ontem por volta das 21h30. Crime O corpo da menina foi encontrado com sinais de enforcamento e estava com um saco na cabeça dentro de uma fossa no povoado de Rodagem, segundo o delegado Ciro Palmeira. A dona da propriedade onde o corpo foi localizado, Maria de Fátima, foi presa pelo crime. De acordo com o delegado, inicialmente, Maria de Fátima negou ter matado a criança, mas foi a última pessoa a vê-la viva. Segundo o site Irecê Repórter, depois de dopar Júlia, Maria de Fátima aproveitou para asfixiá-la com um saco plástico e em seguida jogou a garota em uma fossa no fundo de sua casa. Segundo a polícia, a mulher agiu com premeditação para atrair a menina até sua casa - a criança era amiga da filha da acusada, uma menina de 9 anos. "Foi algo premeditado, ela tinha marcado para fazer um brigadeiro para a menina". Quando Júlia chegou ao local, a dona da casa mandou a filha ir levar documentos para um familiar e quando a criança voltou disse que Júlia já tinha retornado para casa. As duas famílias moravam próximas e as crianças eram amigas e colegas de sala na escola. "Até agora a gente ainda não sabe o que motivou esse crime. Ela era uma criança muito meiga, muito querida, frequentava todas as casas...", diz o delegado Palmeira. A família da menina não tinha nenhum desentendimento com a suspeita, que morava no local há 4 anos. O vereador da cidade baiana chegou a divulgar fotos da filha nas redes sociais para ajudar nas buscas pela criança, desaparecida desde a sexta-feira (2).