O Governo do Estado da Bahia intensificou no mês de julho a campanha de combate ao tráfico internacional de pessoas com o Julho Azul, que integra a iniciativa internacional Coração Azul. O núcleo já atendeu cerca de 150 vítimas de tráfico para fins de exploração sexual e mais de 40 casos ainda são acompanhadas.
Uma pessoa que perdeu um parente para o tráfico de pessoas se arrisca a contar sua história, mesmo sob o anonimato. “Meu parente foi para o exterior mais de uma vez na ilusão de ter uma vida melhor quando retornasse para o Brasil. Não construiu nada aqui, não conseguiu mandar dinheiro para a família. As pessoas vão para lá na ilusão de uma vida melhor, mas não conseguem nada. Ele acabou assassinado”.
Com uma grande população de baixa renda e condição social vulnerável, a Bahia é um estado que está no mapa das quadrilhas internacionais de tráfico de pessoas. O coordenador do Núcleo de Combate ao Tráfico de Pessoas, Admar Fontes informa que a atuação das quadrilhas é sempre muito parecida. “É preciso ficar atento à oferta de empregos no exterior e de fácil ganho. É preciso procurar saber se as empresas existem, verificar o CNPJ na Receita Federal. Este é um crime difícil de se investigar depois, as vítimas têm medo de continuar a denuncia, as ameaças são constantes”, afirma.
As denúncias anônimas devem ser feitas através do Disque 100 ou do (71) 3266-0131.
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Redação iBahia
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