Após a divulgação do novo boletim de casos da síndrome de Guillain-Barré, o Governo do Estado afirmou que está destinando 36 leitos para receber exclusivamente pacientes vítimas desta síndrome. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), 76 casos suspeitos foram contabilizados, porém, 42 foram confirmados.
Segundo o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, o Estado tem um projeto de combate e contingência para as epidemias. “A Zika veio associada ao aumento do número de registros da Síndrome de Guillan Barré. Estamos acompanhando de perto o aparecimento de novos casos e bloqueamos leitos em toda a rede hospitalar. Nosso projeto de enfrentamento foi submetido ao ministério há cerca de 60 dias, solicitando um aporte de R$ 15 milhões."Este ano, até o dia 5 de julho, foram notificados 45.538 casos de dengue no estado, com oito mortes confirmadas. Isso representa um aumento de 162,72% das notificações em relação ao mesmo período de 2014, quando foram notificados 17.333 casos. Também até a mesma data, a Sesab notificou na Bahia 8.906 casos da Febre Chikungunya. Da doença que está sendo identificada como Zika, foram 32.873 notificações este ano.Como identificar a síndromeDe acordo com a diretora do Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes, menos de 1% das pessoas que tiveram Zika Vírus vão desenvolver a Guillian-Barré. “Os primeiros sintomas da síndrome são a fraqueza e a dormência começando pelos membros inferiores, e, nestes primeiros indícios, a pessoa deve procurar logo um serviço médico”. Os primeiros sintomas aparecem de sete até 30 dias após a infecção do Zika Vírus. “As pessoas que tiverem um quadro de infecção da Zika e, depois de curadas, percebem os sintomas da síndrome devem procurar um posto de saúde ou uma Unidade de Pronto Atendimento [UPA]. Se for confirmada, a pessoa ficará internada nos hospitais com leitos disponíveis para estes casos”, explicou a diretora.PrevençãoA forma de se evitar as três doenças, até o momento, é acabar com os focos do mosquito Aedes Aegypti. Ou seja, tomar cuidado para não deixar caixas de água sem tampa nem água parada em baldes, vasilhas descartadas, vasos de plantas ou mesmo em recipientes menores, como tampinhas de garrafa ou cascas de ovos, locais próprios para a reprodução do mosquito.O uso de repelente também é recomendado, lembrando-se que o Aedes Aegiyti vive em ambiente doméstico. Proteger os pés, tornozelos e pernas também é importante, já que o mosquito voa baixo, atacando geralmente no início da manhã e no final da tarde.
Hospitais baianos terão leitos especiais para pacientes com a Síndrome de Guillan Barré. (Foto: Divulgação/ Secom) |
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