O Hospital da Bahia abriu nesta sexta-feira (25) protocolo de investigação de possível morte cerebral do policial rodoviário federal Marcelo Caribé Carvalho, 28 anos, baleado na noite de ontem em um assalto na Pituba.Em nota, o hospital informa que o policial deu entrada na emergência por volta das 22h de ontem, com um tiro no crânio. Depois de procedimentos emergenciais, ele passou por uma neurocirurgia e foi encaminhado para a UTI Neurológica. O paciente apresentou piora progressiva do quadro clínico depois disso.
Marcelo foi baleado durante um assalto na Barraca do Regis, na rua Ceará, próximo a uma escada de acesso ao Parque Júlio César. Três ladrões chegaram em um Gol prata. Enquanto um deles ficou no carro, os outros dois, um deles armado, desceram e abordaram as pessoas que bebiam e conversavam na barraca. Eles passaram com um saco na mão exigindo que todos entregassem o celular.O policial, que estava com dois amigos, entregou o telefone. Enquanto um dos ladrões voltou com o saco cheio de celulares para o carro, o segundo se virou para continuar o roubo em outra mesa. Nesse momento que ele ficou de costas, Marcelo sacou a arma e anunciou que era policial. O delegado Marcelo Sansão, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), não sabe se a arma do policial falhou ou se ele hesitou. O ladrão se virou e atirou na cabeça de Marcelo.Advogado, Marcelo tinha apenas seis meses de experiência na polícia - estava lotado na Superintendência Regional de Polícia Rodoviária Federal (SRPRF), em Porto Velho (RO), desde março. Ele veio a Salvador visitar família e amigos e voltaria hoje para Rondônia. “Ele veio visitar os pais e o irmão que já tinha um tempo que não via os três. Ele está de folga há uma semana e iria para o aeroporto na madrugada de hoje”, disse uma amiga da família ao CORREIO.Segundo a amiga, a família e outros amigos de Marcelo estão todos abalados. “Ele é uma pessoa muito calma, por isso que está todo mundo assim, chocado. Ele é muito querido pelos amigos. A melhor qualidade dele é o humor, uma pessoa muito carismática”, disse.Os ladrões fugiram no sentido Nordeste de Amaralina. Policiais civis, militares e federais fazem buscas pelos suspeitos, que ainda não foram identificados. Câmeras de segurança de prédios próximos capturaram parte da ação e da fuga e podem ser usados para ajudar na investigação.Assaltos são constantes na região, afirmam moradoresSegundo moradores da região, o dono tem a barraca há mais de 10 anos. A partir de quinta, o movimento começa a aumentar e o local funciona até por volta de 1h, geralmente com carros abertos com som alto nas proximidades.Assaltos são comuns na região da escada, que dá acesso ao Parque Júlio César, e no próprio parque, segundo os relatos. Os bandidos costumam ser dois, em uma moto, e depois do crime fogem em direção ao Boqueirão, no Nordeste.
Os moradores contam que no começo da semana uma mulher foi assaltada ao chegar em casa de carro, na Alameda Gênova. Ela foi rendida e teve que entregar todos os pertences, incluindo notebook, mas os bandidos não levaram o carro.De acordo com um morador que preferiu se identificar, mas disse morar no bairro há 27 anos, assaltos nessa região são frequentes, principalmente na escada."Eles assaltam principalmente a partir das 21h, agem de moto e a pé. Geralmente são dois homens", disse o homem, que vive no bairro desde que nasceu. "Sábado e domingo o movimento é maior, fecha até a mais tarde. Começa a aumentar a partir da quinta", relata.* Com informações do repórter Diogo Santos
Policial veio para Salvador visitar família e voltaria hoje para Porto Velho(Foto: Reprodução/Facebook) |
Barraca do Regis foi fechada depois de crime(Foto: Gil Santos) |
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