A esposa do jornalista inglês Dom Phillips, que está desaparecido na Amazônia com o indigenista Bruno Pereira, fez um apelo e pediu às autoridades, através de um vídeo, para que haja um reforço nas buscas. A dupla desapareceu no domingo (5), na região do Vale do Javari, no estado do Amazonas.
Nas imagens, enviadas com exclusividade à TV Bahia nesta terça-feira (7), Alessandra Sampaio se emocionou e falou sobre a esperança de reencontro com marido.
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“Eu queria fazer um apelo para o governo federal e para os órgãos competentes, para intensificarem as buscas, porque a gente ainda tem um pouquinho de esperança de encontrar eles. Mesmo que eu não encontre o amor da minha vida vivo, eles têm que ser encontrados, por favor. Intensifiquem essas buscas. Eu não quis falar antes porque a família toda está muito chocada e a gente não está sabendo reagir. Mas eu estou fazendo esse apelo, por favor, para intensificar essas buscas” , disse ela à TV Bahia.
Buscas
Nesta terça, as buscas estão sendo feitas pela Marinha do Brasil, com o apoio de um helicóptero, duas embarcações e uma moto aquática. Já os desaparecimentos seguem sendo investigados pela Polícia Federal no Amazonas, que não deu detalhes sobre as apurações.
Dom Phillips e a esposa moram na Bahia desde 2007 e os dois têm uma casa em Salvador. O jornalista, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, está escrevendo um livro sobre a floresta amazônica e sua autossustentabilidade quanto às chuvas.
O projeto do livro é apoiado pela Fundação Alicia Patterson. Bruno, que além de estudar e pesquisar questões relacionadas aos povos indígenas, é servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai), e recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores.
Quando desapareceu, segundo o g1 Bahia, o indigenista não estava em uma missão institucional, mas a Funai informou que também acompanha a situação. Bruno chegou a ser coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte, que compreende justamente a área onde ele foi visto pela última vez. O servidor deixou o cargo em 2016, durante um conflito registrado entre povos isolados da região. O indigenista também chefiou a maior expedição para contato com índios isolados dos últimos 20 anos, em 2018, quando foi coordenador-geral de Índios Isolados e de Recém Contatados da Funai.
No ano seguinte, em 2019, ele foi exonerado do cargo após pressão de setores ruralistas ligados ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou na segunda (6) que está monitorando as providências que estão sendo tomadas para localizar o indigenista e o jornalista inglês.
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Redação iBahia
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