Dos 109 crimes ocorridos somente em Salvador durante a greve de policiais militares, 59 foram cometidos com disparos feitos na cabeça das vítimas. Os dados foram apresentados em uma reportagem publicada neste domingo (12) na Folha de S. Paulo. Caso seja incluída também a Região Metropolitana, as contas aumentam. Segundo o governo, foram cometidos 167 homicídios entre 1º de fevereiro e o dia 11. De acordo com as informações do Departamento de Homicídios da Polícia Civil , os homicídios apenas 10 crimes não acontecerem em áreas suburbanas ou em favelas da capital baiana. Os motivos principais foram a ausência das Forças Nacionais e do Exército nestas localidades e o controle feito por milícias policiais. Mesmo com o fato das ações teriam acontecido à luz do dia, os dados sugerem que as vítimas não tiveram chance de defesa. "Quando alguém atira na cabeça é porque conseguiu chegar próximo da vítima. Não é tiro para se defender ou apenas ferir outra pessoa. É para matar", declarou Arthur Gallas, diretor do Departamento de Homicídios. Houve casos em que os criminosos não utilizaram de armas de fogo para executar a ação. De acordo com a Polícia, em pelo menos seis situações as vítimas receberam facadas ou foram linchadas. No desenrolar das ações violentas, uma mulher foi carbonizada. Segundo o levantamento, entre os mortos, 35 pessoas tinham sobrenome Santos e outras 14 Jesus. A Polícia também possui evidências de que os crimes tenham sido motivados por acertos de contas ou "limpeza" social em 41 casos. As mortes estariam ligadas ao tráfico de drogas, roubos e estupro. Moradores de rua e pessoas juradas de morte foram os principais alvos. Durante a paralisação, ocorreram três chacinas com 12 mortos.
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