Renato e Nélida Cristina foram mortos a tiros(Foto: Reprodução Facebook)
A casa do projetista industrial Renato Giffoni Habib, 58 anos, e a mulher dele, a dona de casa Nélida Cristina Oliveira Habib, 55 anos, que foram encontrados mortos no domingo (25), estava com notas de dinheiro espalhadas pela casa. A informação é do sobrinho das vítimas, o advogado Lázaro Bastos.Em uma perícia feita na casa, na manhã de segunda (26), delegados e investigadores ficaram por mais de quatro horas no local e recolheram toalhas com manchas de sangue, documentos pessoais, além de telefones sem fio da casa.A coordenadora da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), delegada Andréa Ribeiro, informou que ainda está fazendo o levantamento do que foi levado pelos bandidos. O filho do casal, Bruce Habib, 25, que também foi encontrado amordaçado na casa, foi ouvido e liberado.Questionada se o filho pode ser considerado um suspeito, a delegada disse não descartar nenhuma possibilidade. “Ainda não estamos falando em suspeitos, estamos trabalhando com linhas de investigação e essa pode ser uma delas”. Primo de Bruce, Lázaro Bastos contou que o estudante é usuário de drogas, mas não acredita que isso possa ter relação com o crime. “Ele é usuário de maconha, não de cocaína ou crack. Não acredito que o crime seja por dívida de droga”, disse. Bruce não tem registro de passagem pela polícia.Os corpos do casal vão ser sepultados no final da manhã desta terça-feira (27) no Cemitério Campo Santo, na Federação. A imprensa não teve acesso ao velório. Cerca de 50 pessoas estavam reunidas na sala de número 8 do cemitério. O crime O casal foi encontrado amarrado e amordaçado no final da tarde de domingo, em Jardim Placaford, após serem mortos com tiros na cabeça. O duplo assassinato aconteceu na Rua Encontro das Árvores, no bairro de Jardim Placaford, em um loteamento que reúne 126 imóveis de classe média alta.Bruce é estudante de Engenharia Mecânica e contou, em depoimento à polícia, que estava em um anexo nos fundos da mansão quando foi surpreendido por seis homens. Ele não soube dizer como o grupo entrou no imóvel. A casa é cercada por muros altos e a família tem dois cães da raça pit bull. O estudante contou que foi separado dos pais, na hora do ataque. Enquanto Renato e Nélida eram mantidos reféns no primeiro piso do imóvel, ele permaneceu no anexo, amarrado e amordaçado. Os bandidos também usaram algemas para imobilizar Bruce. A polícia não contou o que o grupo disse antes, durante e depois do crime — segundo a coordenadora da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), delegada Andrea Ribeiro, “para não atrapalhar as investigações”.Bruce relatou que quando os pais foram mortos, os tiros chamaram a atenção do único bandido que estava com ele no anexo da casa. Segundo ele, o homem, nessa hora, correu para o primeiro piso para ver o que estava acontecendo e foi nesse momento que conseguiu escapar.“Ele contou que conseguiu se desvencilhar e correu para um cômodo ao lado, que se escondeu embaixo da cama e, depois que os bandidos fugiram, ele saiu para buscar ajuda”, contou a delegada. Testemunhas contaram que por volta de 17h40, Bruce apareceu na rua algemado e amordaçado, tentando gritar por socorro. Além dele, Renato e Nélida têm uma filha, que mora em São Paulo. A família é dona do imóvel em Placaford há 22 anos.