Os funcionários dos Correios decretaram estado de greve por tempo indeterminado. A decisão foi anunciada pela categoria na noite da terça-feira (10), contra a proposta do governo de privatizar a empresa.
De acordo com informações do jornal 'Correio', a estimativa do presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba), Josué Canto, é que pelo menos 70% da categoria tenha aderido à paralisação na Bahia.
Nesta quarta-feira (11), a categoria vai acompanhar na região do Iguatemi, por volta das 13h. O objetivo, segundo Josué, é manter os direitos da categoria garantidos: "quem tá levando os trabalhadores para a greve é a empresa".
Em nota enviada ao iBahia, a empresa garantiu que os serviços de atendimento não serão afetados com a greve. De acordo com o comunicado, já foi colocado em prática o
Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.
Confira a nota na íntegra:
A paralisação parcial dos empregados dos Correios, iniciada nesta terça-feira (10) pelas representações sindicais da categoria, não afeta os serviços de atendimento da estatal.
A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.
Levantamento parcial realizado na manhã desta quarta-feira (11) mostra que 82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. Na Bahia, 75,26% dos empregados estão trabalhando normalmente.
Negociação
Conforme amplamente divulgado, os Correios estão executando um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade. Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nos quais foram apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa.
Vale ressaltar que, neste momento, um movimento dessa natureza agrava ainda mais a combalida situação econômica da estatal. Por essa razão, os Correios contam com a compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa e os índices de eficiência dos serviços prestados à população brasileira.
Veja também:
Leia também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!